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Política
| Em 8 meses atrás

Mabel vê déficit de R$ 400 milhões na prefeitura de Goiânia; LDO tem número diferente

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O pré-candidato a prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, demonstrou preocupação com a situação financeira da capital. O empresário culpabiliza a má gestão pelo resultado negativo, como déficit orçamentário de R$ 111 milhões no 3º quadrimestre de 2023, e estima o aumento da insuficiência para R$ 400 milhões em 2024. 

Em relação à situação, Mabel criticou: “Gestão não é para amador, não adianta”. Para ele, a situação financeira do município pode piorar. “Você pega uma cidade dessa, com orçamento com 400 milhões de déficit já no ano de 2024, 1 bilhão em 2028. Você acha que pode pegar amador? Não vai funcionar”, concluiu.

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De acordo com o pré-candidato, os dados são provenientes de um diagnóstico da Prefeitura de Goiânia feito por assessores. “Pedi um diagnóstico da Prefeitura de Goiânia. Peguei pessoas que têm acesso a dados, os dados são públicos, e montaram um diagnóstico mostrando”, explicou. Mabel, no entanto, não detalhou se neste número está incluído o empréstimo de R$ 710 milhões a ser realizado pela administração de Rogério Cruz. 

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Limite prudencial e déficit

O candidato também demonstrou preocupação com a crescente das despesas com a folha de pagamento. “Se nada for feito diferente do que está se fazendo, nem a mais e nem a menos… a folha de pagamento de Goiânia subiu de 2022 para 2023, 1 bilhão de reais, aí subiu de 3.200 para 4.200, subiu 1 bilhão de reais. Então, você precisa cortar em outros lugares”, diagnosticou. 

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Atualmente, as despesas com a folha de pagamentos e encargos da Prefeitura de Goiânia estão à beira do limite prudencial. Segundo o titular da Secretaria de Finanças (Sefin), Vinicius Henrique, de 2022 para 2023 os custos da folha de pagamento aumentaram. “Em 2022 tivemos, só com o pessoal em cargos, R$ 3.390.000.000, em 2023 saltou para R$ 4.210.000.000. Aqui mostra o desafio que foi em 2023, onde uma despesa obrigatória como folha de pagamento em cargos está em uma curva ascendente”, disse Vinícius.

De acordo com o secretário, no momento, a grande questão financeira do município é manter os investimentos e ainda honrar com essa despesa crescente com o quadro de servidores. “Nós temos uma Capital para administrar, 1,5 milhão de habitantes. Nós temos 50,2% sendo gastos com 50 mil servidores”, detalhou.

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Conforme Mabel, o segredo é gerir adequadamente os gastos, saber de onde retirar as verbas. “O funcionário público precisava do aumento? Ótimo! Agora, onde que tira isso daí para poder fazer um trabalho, entende? Então, você tem que sempre achar que não adianta, a despesa tem que ser menor do que a receita”, pontuou Sandro. “Isso precisa de gestão para arrumar”, acrescentou o pré-candidato à prefeitura. 

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.