O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, anunciou nesta segunda-feira (22) a liberação de R$ 62 milhões em verba extra para as unidades educacionais da capital, recursos que integram a quinta parcela do Programa de Autonomia da Instituição Educacional (Pafie). O anúncio foi feito ao lado da secretária municipal de Educação, Giselle Faria, e os repasses começam a chegar às escolas a partir do dia 5 de janeiro de 2026.
Os recursos serão destinados a melhorias imediatas na rede municipal, com foco em infraestrutura, inovação tecnológica, alimentação escolar e ampliação da capacidade de atendimento. Entre as ações previstas estão a compra de aparelhos de ar-condicionado, lava-louças industriais, modernização de laboratórios maker, construção de novas salas de aula, adequações em Escolas Municipais de Educação das Infâncias (Emeis) e a realização de reparos estruturais.
Durante o anúncio, Mabel destacou que o repasse direto às unidades fortalece a autonomia da gestão escolar e acelera soluções para problemas do cotidiano. “O Pafie é um recurso que chega diretamente à escola para resolver problemas imediatos, desde um reparo simples até a compra de equipamentos importantes. Essa quinta parcela, de R$ 62 milhões, só foi possível graças à melhoria na gestão dos recursos da educação”, afirmou.
Segundo o prefeito, as escolas passaram por uma transformação visível. “Estão organizadas, bem cuidadas, e isso reflete diretamente na qualidade do ensino e no ambiente para alunos e professores”, completou.
Tecnologia e digitalização da rede
Na entrevista, Sandro Mabel ressaltou que os investimentos representam um marco na digitalização da rede municipal. De acordo com ele, 1.475 lousas digitais já foram instaladas, cobrindo todas as escolas do 3º ano em diante, com previsão de ampliação para os Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) a partir de 2026. “Essa lousa é o primeiro contato que as nossas escolas têm com a tecnologia digital. Nossos alunos estavam ficando para trás em relação às escolas particulares”, disse.
O prefeito explicou que os equipamentos foram escolhidos para permitir interação direta dos estudantes. “Não é só uma lousa grande. Ela permite que os meninos mexam, explorem, usem antes da aula, no recreio, depois da aula. Os tablets conversam com a lousa, o professor dá a aula e o aluno acompanha no tablet”, afirmou, destacando que a iniciativa integra inteligência artificial, conectividade e recursos pedagógicos modernos.
Além disso, a prefeitura avança na implantação de rede de fibra óptica, com o objetivo de garantir internet de qualidade em todas as unidades escolares. “É a entrada definitiva da informatização dentro das nossas escolas. O dinheiro da educação é muito dinheiro, mas precisa ser bem aproveitado”, enfatizou.
Climatização, alimentação e estrutura
Entre as prioridades do novo repasse está a climatização total da rede municipal. A Secretaria Municipal de Educação realizou um levantamento das escolas que ainda não possuem ar-condicionado, assegurando que parte dos recursos seja aplicada para atingir 100% das unidades climatizadas, proporcionando conforto térmico a alunos e profissionais.
Outra frente importante é a aquisição de lava-louças industriais, que vão ampliar a eficiência das cozinhas escolares e garantir padrões mais elevados de higiene na alimentação. Os recursos também reforçam os investimentos nos laboratórios maker, estimulando a inovação pedagógica e o contato dos estudantes com novas tecnologias.
As seis Emeis, que atendem crianças de 4 a 7 anos com proposta pedagógica integrada, receberão investimentos específicos. Também está prevista a construção de novas salas, principalmente em regiões com maior demanda por vagas na Educação Infantil, além de obras e adequações estruturais conforme a necessidade de cada unidade.
Critérios e impacto
A secretária Giselle Faria explicou que, nesta quinta parcela, houve uma mudança na lógica de distribuição dos recursos. “O valor não é definido apenas pelo número de alunos, mas principalmente pela condição da escola. Unidades mais antigas ou em situação mais precária recebem mais recursos”, afirmou. Os repasses variam entre R$ 80 mil e R$ 270 mil, contemplando 380 unidades escolares e impactando diretamente cerca de 115 mil alunos.
Segundo a secretária, os investimentos fazem parte de uma política estruturante que inclui ampliação de vagas, modernização tecnológica e melhoria da alimentação escolar. “Garantir vaga é garantir inclusão social. Avançamos na construção de novas salas, na redução do déficit de vagas e na entrada definitiva da rede municipal na era digital”, pontuou.
Continuidade dos investimentos
Os recursos do Pafie são provenientes do Tesouro Municipal, a partir da arrecadação de impostos como IPTU, ISS e ICMS, e têm como objetivo garantir autonomia administrativa, pedagógica e financeira às escolas. Em 2025, a Prefeitura de Goiânia já realizou quatro repasses do programa, totalizando cerca de R$ 124,7 milhões.
Com a liberação da quinta parcela, a gestão municipal reforça o compromisso com a preparação das unidades para o ano letivo de 2026. “Nossa escola vai mudar, vai ser outra vida. Não vai ter escola com coisa quebrada ou sem manutenção. Ela tem o dinheiro dela, e isso garante uma educação cada vez melhor”, concluiu Sandro Mabel.
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