Em entrevista exclusiva ao Diário de Goiás, o presidente da Fieg, Sandro Mabel, destacou que pesquisas mostram que população goianiense quer um gestor na prefeitura a partir de 2025, e ressalta que se encaixa nesse perfil. E ele será candidato? Ele tergiversa, argumenta que quer mais tempo pra curtir a vida em família, porém pondera que decisão pessoal ainda não foi tomada.
Citado pelo próprio presidente nacional do seu partido (e do prefeito atual, Rogério Cruz), o Republicanos, Marcos Teixeira, como possível candidato ao cargo de prefeito de Goiânia, Mabel (Republicanos) afirmou que tende mesmo pelo não. Apesar de se mostrar ainda balançado pela decisão, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) confessa que a capital anseia por um gestor com perfil parecido com o seu.
Em entrevista a Altair Tavares e Vassil Oliveira, Mabel, que já foi deputado federal e tem uma ativa participação na política goiana, deixa claro que vem sendo pressionado para aceitar a candidatura. “Tenho realmente experiência nisso daí. O pessoal vem falando, vem apertando, eu entro no restaurante, o pessoal ‘ó, prefeito, ó, não sei o quê’. Eu já estive pensando muito sobre isso daí, estou feliz aqui na Federação das Indústrias, eu tenho mais três anos e meio aqui na Federação. Fui reeleito agora, e você tem uma idade que tem que achar o que você quer fazer na vida”, filosofa, bem no estilo goiano de “rodear o toco”.
É nesse sentido de pensar na idade e no futuro em relação aos rumos que quer tomar nos próximos anos que Mabel se mostra mais tentado a negar o chamado para a disputa. No entanto, volta a ressaltar que ao seu redor as apostas dizem o contrário. “A minha opção pessoal é não, eu não ser prefeito de Goiânia e ter uma vida mais sossegada. O pessoal diz que eu não aguento, tá?!”.
Mais: “Meu coração diz ‘não, vai, toca para frente, vamos embora que eu aguento’, mas na hora que você vê a razão, a vida tem toda uma razão de viver também. Eu trabalhei a vida inteira, mais de trinta e tantos anos misturado com política”.
Quando questionado sobre os possíveis nomes indicados para o cargo, Mabel afirma que está por dentro e que acompanha as pesquisas. Ressalta, ainda, que sabe bem o perfil que a população precisa e deseja para assumir o posto.
“O que a gente sente nas pesquisas que vimos, qualitativas – eu vi três pesquisas qualitativas, inclusive de Aparecida também -, o que você sente é que o pessoal quer um bom gestor. A conversa é essa”, destaca. Analisando o provável cenário político que se forma, Mabel faz suas ponderações sobre os candidatos.
Sobre Vanderlan Cardoso (PSD), o presidente da Fieg acredita que há plena capacidade de eleição, apesar de alguns entraves. “Acho que o Vanderlan, pelo menos quando ele foi prefeito de Senador Canedo, fez um bom trabalho. Agora, aí tem que contornar questões políticas, porque todos têm um probleminha político daqui, outro dali, tem que arrumar um grupo político para lidar com isso”, pondera.
Em relação a Gustavo Mendanha (MDB), que também foi cotado como uma boa possibilidade, Mabel é só elogios e lamenta o entrave com a legislação eleitoral. “O Gustavo foi um bom gestor, o cara fez um trabalho em Aparecida espetacular. Tanto que ele foi eleito por mais de 90%. Se ele pudesse ser prefeito de Goiânia, com a idade dele e a disposição, seria excelente. Infelizmente a lei não deixa ele ser candidato, mas é um estilo de candidato também, sabe mandar, sabe fazer”, elabora.
Mabel enxerga ainda em Adriana Accorsi (PT) uma boa opção, principalmente pela proximidade com o presidente Lula. “A Accorsi é uma deputada, assim, que o partido me deu uma convivência muito boa com ela, gosto dela. Ela está no partido do presidente (PT), que é um partido que tem força hoje, é política, tem visão, tem uma série de coisas, tem estrutura política para isso, então vem também. Agora, no quesito gestão, eu também não sei avaliar, eu nunca vivi perto pra saber como seria gestão, efetivamente, dela”, ressalta.
Apesar de dizer que não pensa na candidatura, Mabel abre margem para especulações sobre as possibilidades e se identifica com o que acha que seria o perfil ideal para o cargo à frente da capital. “A visão da população, o que é que eles (os cidadãos) querem? Uma pessoa que seja empreendedora, uma pessoa que seja gestora, que saiba fazer gestão, saiba fazer a cidade acontecer e tal. O que é que eu sempre fiz na vida? Foi fazer gestão!”. Ao final da entrevista o presidente da Fieg se despede e deixa em aberto sobre o próximo encontro para tratar do tema. “Vai que…”, brinca.