O presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, afirmou que o coronavírus chegou ao estado para ficar e, por isso, medidas de fechamento de atividades econômicas não resolverão o problema. Mabel opinou ainda que cerca de 70% da população contrairá o vírus até que haja uma redução da contaminação.

“O coronavírus veio para ficar. É outra dengue. Se tivéssemos esperando vacina e remédio de dengue, todos estaríamos mortos de fome. Temos que aprender a conviver e combater o coronavírus, preparar nossos filhos, nossos parceiros. De 70% a 80% da população vai se contaminar, mas ela não vai ter uma reação grande. Alguns vão ter um pouco mais, outros menos. Alguns casos vão complicar, vão para o respirador. Mas é uma realidade. Vamos aprender a conviver com ela. Temos que ensinar as pessoas a lavar mais as mãos e tudo mais”, afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia.

Publicidade

Para Mabel, o governador Ronaldo Caiado perdeu apoio na construção de um decreto rigoroso, que manteria abertos apenas serviços essenciais. O presidente da Fieg ressalta que não há solução à vista para a Covid-19 e, por isso, é impossível contê-lo. O representante sinaliza ainda que os empresários devem dificultar eventuais novas normas de fechamento.

Publicidade

“Fechamento é só na cabeça do Caiado. Nem os técnicos da UFG, nem os hospitais particulares estão mais apoiando essa ideia. O coronavírus veio para ficar. Você não tem condição de segurá-lo fechando. As empresas têm que ajudar. Quem puder fazer transporte dos seus funcionários, têm que trabalhar.É o que os prefeitos de Aparecida, o de Anápolis, corajosamente estão fazendo. Chama todo mundo e vamos fazer um trabalho para todo mundo ir pegando. Crianças, quando voltarem para a escola, todas vão ter. Vai segurar quanto? Um ano, dois anos? Vai deixar todo mundo em casa? Não tem isso. Já se passaram 60 dias de isolamento. Ninguém consegue mais. Está todo mundo quebrando. A economia e a vida têm que voltar a rodar. Vamos conviver como convivemos com a dengue, chikungunya, malária e outras coisas”, pontuou.

Publicidade

O presidente da Fieg afirmou também que o governador não ouviu o setor empresarial para produzir o decreto que havia prometido publicar na semana passada e terminou por adiar. “Ele só impôs. Fez reuniões para comunicar que faria um decreto mais duro e não dialogou”, disse. Caiado tem reunião nesta segunda-feira (18) com prefeitos de 32 cidades para construir consenso para um novo decreto. Mabel vê disposição do governador em dialogar desta vez.

Publicidade