Política

Mabel começa a ouvir o povo para contribuições do plano de governo, diz coordenador

O presidente da Codego e coordenador de campanha do pré-candidato Sandro Mabel (UB), Francisco Júnior (PSD), afirma que já estão em fase de entendimento das demandas da população para construção do plano de governo do candidato da base de Ronaldo Caiado (UB) ao pleito na Prefeitura de Goiânia. Ao editor do Diário de Goiás, Altair Tavares, Francisco detalhou que, a partir de agora, o foco é ouvir o povo.

Confira a entrevista na íntegra:

Altair Tavares: O que já foi feito para a elaboração do plano de governo de Sandro Mabel?

Francisco Júnior: Esse é o momento de pré-campanha e a pré-campanha tem esse caráter de articulação, organização, aquecimento. No plano de governo, de certa forma, acontece assim também, porque em tese nós temos que entregar uma proposta, registrar uma proposta no dia 16 de agosto, no início da campanha, a grande verdade é que o que a gente apresenta nesse momento é algo muito com viés técnico, mas isso tem que ser validado na campanha, validado pela comunidade. Os problemas são os mais diversos, muito conhecidos de todos, e as soluções acabam não tendo muita diferença também no que tem que fazer. A diferença está em como solucionar, a credibilidade do gestor, a experiência do gestor. Então, a gente tem trabalhado muito isso.

Altair: Na semana passada, Mabel disse que colocaria pediatras em todas as unidades 24 horas. Isso já está centrado?

Francisco Jr.: Não só pediatra, ele tem falado sobre colocar atendimento 24 horas em todas. Atendimento, não necessariamente a presença física, mas a gente fazer o uso de diversas ferramentas de tecnologia, da própria legislação brasileira hoje, que permite a consulta por vídeo, outras tecnologias. Então o que ele tem falado, e ele tem falado isso com as categorias médicas, de nós ampliarmos isso e não deixar que ninguém volte sem atendimento. Não necessariamente você ter lá o pediatra ou qualquer outra especialidade, em todos os casos.

Altair: Nessa dinâmica que tem nessa coordenação, o senhor está ouvindo quais segmentos, quem é que falta ouvir?

Francisco Jr.: Nós organizamos o plano em eixos, os eixos tem um cronograma, então para simplificar, nós resumimos todos os eixos em três. Nós colocamos tudo aquilo que circunda o cidadão. Tudo acontece a partir da necessidade do cidadão e acontece no espaço, que é a cidade, e precisa de uma gestão que faça essa organização. Então, são três eixos: o eixo cidadão está sendo coordenado pelo José Frederico, presidente da Fundação Lisboa Maranhos; o eixo cidade, que está sendo coordenado pelo Erik Figueiredo, que é do Instituto Mauro Borges; e o eixo gestão, pelo André Salles, que tem ampla experiência na prefeitura. Temos conversado com todos os segmentos, mas cada eixo tem um cronograma por área, onde nós estamos fazendo as reuniões e ouvindo os especialistas. A partir de amanhã, nós vamos ter também uma agenda nas regiões. São nove regiões administrativas e nós vamos, então, meio que confrontar aquilo que o especialista fala com aquilo que o povo está vivendo no seu dia a dia. Essa discussão vai até o final do mês. 

Altair: Qual é a perspectiva em relação à intenção de voto em torno do Mabel? Há uma ansiedade, digamos, da base para que ele cresça nas intenções de voto?

Francisco Jr.: Ele já tem crescido bastante nas pesquisas que temos feito. Não podemos falar isso, mas eu, particularmente, acho que está até acima da média que eu, pessoalmente, esperava. Acho que a receptividade está muito positiva do nome dele. Agora, o crescimento real, ele se dá de fato somente na campanha, porque o que nós temos hoje em qualquer pesquisa é uma análise de uma expectativa de conhecimento. Não chega a ser expectativa de voto, é um recall e a gente precisa lembrar que o Sandro, no mínimo, está em terceiro lugar em todas as pesquisas feitas hoje, e ele não disputa a eleição já há bastante tempo. Ao contrário dos dois que estão à frente, vêm disputando todas as eleições nos últimos dez, 12 anos. Então, eu acredito que ele está bem posicionado nesse momento, está sendo bem aceito. Agora, em termos de articulação, somente no momento que realmente liberar para a campanha e puder fazer uma discussão mais aberta, é que nós vamos consolidar isso. E eu acredito que quando acontecer isso, ele estará, se não estiver em primeiro, estará bem próximo, logo no início da campanha.

Altair: Defende essa persistência da base de buscar o PL como um vice?

Francisco Jr.: O que existe hoje é o seguinte: nós estamos mais próximos do PL do que do PT. Isso é indiscutível. O Sandro constantemente se declara como centro-direita. A política no mundo hoje, de forma especial no Brasil, está polarizada. Você tem um polo de esquerda e um polo de direita, então, essa aproximação se dará de qualquer forma, seja no primeiro turno, seja no segundo. O que nós estamos construindo é a possibilidade de antecipar isso em torno de um projeto maduro, um projeto consistente de gestão da cidade de Goiânia que ela precisa e merece. Então, não há uma persistência em ter um candidato do PL, existe uma persistência de reunirmos todas as lideranças que pensam uma cidade com os mesmos princípios, com os mesmos valores e nós estarmos nos aproximando cada vez mais, de preferência no primeiro turno.

Altair: O Mabel sempre cita o próprio PSD, o PL e também o PSD. Acha que essa conversa é possível? Pode haver algum tipo de avanço já para o primeiro turno em relação ao PSD?

Francisco Jr.: Nós temos a possibilidade e aquilo que é desejável, então é extremamente desejável, agora a possibilidade está muito na pessoa do candidato. Ele é o presidente do partido, ele tem total autonomia para tomar a sua decisão, isso era respeitado, seja qual for, inclusive é do meu partido. Mas nós entendemos uma questão de coerência que nós devíamos estar todos unidos no mesmo projeto. Então é uma questão que vamos aguardar um pouco e ver. Eu confio no bom senso das nossas lideranças.

Altair: Há uma divisão no partido? Como está a situação do senhor no partido tendo escolhido um outro candidato?

Francisco Jr.: É importante dizer que em 2018 eu fui eleito pelo PSD, o Vanderlan foi eleito pelo PP e ambos contra o grupo do governador Ronaldo Caiado. Em 2020 nós nos aproximamos. O Vanderlan candidata a prefeito, com o apoio do governador em 2020, fez o compromisso de apoio em 2022. Esse compromisso foi público. Todos seguimos. Ele não. Ele entendeu que devia apoiar o projeto do PL, onde a sua esposa foi suplente do senador Wilder. Foi profundamente respeitado. O PSD é um partido que dialoga muito e dá essa liberdade, então eu entendo que da mesma forma que no passado houve essa compreensão, essa compreensão continua existindo no partido então não vejo problema de eu ter tomado essa decisão.

Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.

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