O Palácio do Planalto e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, negaram que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha mexido os pauzinhos para realizar empréstimo à Argentina. Atualmente, o país passa por grave crise financeira. Segundo Tebet, tudo foi resolvido internamente, em votação, e Lula não participou da decisão.
O empréstimo facilitaria a renegociação da dívida da Argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI). De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, Lula estaria favorecendo o país, de modo a promover a candidatura de Sergio Massa, aliado do presidente brasileiro.
No mês passado, a CAF (Comunidade Andina de Fomento) realizou mesmo um empréstimo no valor de U$ 1 bilhão à Argentina, no entanto, sem a interferência de Lula. O Brasil tem a quarta maior participação no capital da CAF entre os países, mas, segundo Tebet, a votação acontece de forma deliberada e é um procedimento comum dentro da Comunidade. A ministra pontuou que houve posicionamento favorável dos outros países, não somente do Brasil.
Em nota ao UOL, a Secom comentou sobre a votação e confirmou a versão de Tebet. “A decisão pelo empréstimo do CAF à Argentina foi aprovada em 28 de julho pela diretoria do banco formado pelos países membros. O empréstimo foi aprovado com 19 votos dos 21 possíveis. O Brasil possui um voto, enquanto outros cinco países (Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) possuem dois votos”, destacou a Secretaria de Comunicação.
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