22 de novembro de 2024
Presidente • atualizado em 13/01/2023 às 10:27

Lula sobre Bolsonaro contestar urnas eletrônicas: “tem problema de desequilíbrio mental”

Presidente também relembrou que não queria que Bolsonaro entregasse a faixa presidencial no dia da posse
Lula concedeu entrevista nesta quinta-feira (12) onde falou sobre o ex-presidente e sobre planos para a economia neste ano de 2023. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
Lula concedeu entrevista nesta quinta-feira (12) onde falou sobre o ex-presidente e sobre planos para a economia neste ano de 2023. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

Durante uma entrevista concedida nesta quinta-feira (12) a jornalistas em Brasília o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria “problema de desequilíbrio mental”. O petista ainda lembrou que na organização da posse, a “única coisa” que não queria era que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passasse a faixa presidencial, que foi o que acabou acontecendo.

Quando Lula falou sobre Bolsonaro ter “problema de desequilíbrio mental”, foi em referência ao ex-mandatário não aceitar o resultado das eleições e contestar a urna eletrônica, apesar de ter sido eleito por décadas por meio do atual sistema. Fala também veio após a polêmica envolvendo uma minuta que a Polícia Federal (PF) encontrou na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O documento era uma proposta de decreto para o então presidente instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A informação, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo, ainda dizia que o objetivo da proposta era reverter o resultado da eleição em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vencedor. Tal medida seria inconstitucional. O documento foi encontrado no armário do ex-ministro durante busca e apreensão realizada na última terça-feira (10).

Ainda sobre a entrevista dessa quinta, Lula fez fortes críticas aos agentes financeiros e um relato sobre recente reunião com sua equipe econômica. Ao citar os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento), o presidente pediu que todos parem de usar a palavra “gasto” quando isso significar algum investimento em políticas públicas e obras.

O petista também criticou, novamente, o mercado financeiro pelas cobranças feitas sobre o governo em menos de duas semanas de ação. “Não falam que o governo não pode pagar tanto juro […] O mercado não tem coração, sensibilidade, humanismo. Não tem solidariedade. É só que venha a nós, ao vosso reino, nada. O governo tem obrigação de cuidar das pessoas necessitadas e ponto”, disse o presidente.


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