Os Estados Unidos afirmaram, nesta quinta-feira (7), que vão reforçar sua colaboração com a Guiana por conta da disputa de território com a Venezuela. O Comando Sul dos EUA, que fornece cooperação de segurança na América Latina, confirmou que está realizando operações aéreas com militares guianenses. A situação, apesar de não ser dramática, preocupou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Lula afirmou, ainda hoje, que está acompanhando com “crescente preocupação” a situação em Equessibo, território disputado entre os países, e que faz também fronteira com o norte do Brasil. No último domingo (3), a Venezuela aprovou um referendo que torna a região parte do país. Há dois dias, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, determinou a criação de um estado na área disputada.
A preocupação do presidente Lula foi manifestada durante a abertura de reunião de cúpula dos países membros do Mercosul, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
“O Mercosul não pode ficar alheio a essa situação”, disse, ao pedir o apoio dos colegas sul-americanos a uma minuta acordada pelos chanceleres do bloco regional.
Não queremos que esse tema contamine a retomada do processo de integração regional ou constitua ameaça à paz e estabilidade”.
Lula defendeu que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) sejam utilizadas para o encaminhamento pacífico da questão. O presidente brasileiro colocou o país à disposição para sediar “quantas reuniões forem necessárias” entre as partes envolvidas. A Venezuela é membro do Mercosul, mas está suspensa.
“Vamos tratar com muito carinho porque uma coisa que não queremos aqui na América do Sul é guerra”, enfatizou Lula. “Nós não precisamos de guerra, não precisamos de conflito. Nós precisamos é construir a paz”, completou.
Ainda sobre a colaboração dos EUA, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, conversou com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, e reafirmou o apoio inabalável do seu país à soberania da Guiana, informou o Departamento de Estado.
Vale lembrar que a longa disputa pela região de Essequibo, que, até então é da Guiana, é, claro, por que rica em petróleo. Inclusive, Maduro não esperou e já até ordenou os processos para início da extração no local, o que gerou ainda mais a ira de Irfaan Ali.
Com informações da Agência Brasil
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