14 de outubro de 2024
Américas

Lula fala de “preocupação” após EUA anunciar exercício militar para Guiana contra a Venezuela

O Comando Sul dos EUA, que fornece cooperação de segurança na América Latina, confirmou que está realizando operações aéreas com militares guianenses
Lula afirmou, ainda hoje, que está acompanhando com “crescente preocupação” a situação em Equessibo, território disputado entre os países. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
Lula afirmou, ainda hoje, que está acompanhando com “crescente preocupação” a situação em Equessibo, território disputado entre os países. (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

Os Estados Unidos afirmaram, nesta quinta-feira (7), que vão reforçar sua colaboração com a Guiana por conta da disputa de território com a Venezuela. O Comando Sul dos EUA, que fornece cooperação de segurança na América Latina, confirmou que está realizando operações aéreas com militares guianenses. A situação, apesar de não ser dramática, preocupou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Lula afirmou, ainda hoje, que está acompanhando com “crescente preocupação” a situação em Equessibo, território disputado entre os países, e que faz também fronteira com o norte do Brasil. No último domingo (3), a Venezuela aprovou um referendo que torna a região parte do país. Há dois dias, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, determinou a criação de um estado na área disputada.

A preocupação do presidente Lula foi manifestada durante a abertura de reunião de cúpula dos países membros do Mercosul, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

“O Mercosul não pode ficar alheio a essa situação”, disse, ao pedir o apoio dos colegas sul-americanos a uma minuta acordada pelos chanceleres do bloco regional.

Não queremos que esse tema contamine a retomada do processo de integração regional ou constitua ameaça à paz e estabilidade”.

Lula defendeu que a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) sejam utilizadas para o encaminhamento pacífico da questão. O presidente brasileiro colocou o país à disposição para sediar “quantas reuniões forem necessárias” entre as partes envolvidas. A Venezuela é membro do Mercosul, mas está suspensa.

“Vamos tratar com muito carinho porque uma coisa que não queremos aqui na América do Sul é guerra”, enfatizou Lula. “Nós não precisamos de guerra, não precisamos de conflito. Nós precisamos é construir a paz”, completou.

Ainda sobre a colaboração dos EUA, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, conversou com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, e reafirmou o apoio inabalável do seu país à soberania da Guiana, informou o Departamento de Estado.

Vale lembrar que a longa disputa pela região de Essequibo, que, até então é da Guiana, é, claro, por que rica em petróleo. Inclusive, Maduro não esperou e já até ordenou os processos para início da extração no local, o que gerou ainda mais a ira de Irfaan Ali.

Com informações da Agência Brasil


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