O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que vai conversar com lideranças petistas em Goiás para “saber onde o calo tá doendo” na distribuição de cargos em órgãos federais no estado. É que os bastidores apontam insatisfação de alguns aliados ao verem, com seis meses de novo governo, cadeiras sendo ocupadas por nomes indicados na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A fala de Lula foi feita na manhã desta quinta-feira (15/06) em entrevista a um pool de rádios goianas. Questionado sobre os bastidores que indicavam a insatisfação, Lula pontuou que é natural que na política existam divergências, mas não há pelo menos em Goiás, algo nesse sentido. “Não existe divergência por distribuição de cargos em Goiás com o PT e o nosso ministro que é responsável por discutir essas relações políticas que é o ministro Padilha”, destacou.
O petista disse que sabe da importância do PT na distribuição dos cargos, afinal de contas, foi o partido que elegeu o presidente da República. Mas será importante repartir a vitória e também a gestão. “Vamos fazer tudo que assumimos de responsabilidade com os partidos aliados. Quando assinamos um compromisso, a gente cumpre. Se não cumprir, a governança fica muito mais cara. Obviamente, o PT é o partido que elegeu o presidente da República e vai participar do governo no Brasil e vai participar em Goiás”, destacou.
No entanto, Lula também revelou que ainda não conversou com algum “companheiro” de Goiás sobre o assunto e que vai acompanhar de perto a questão. “Eu não conversei com nenhum companheiro de Goiás ainda e depois da sua pergunta vou conversar para saber onde o calo tá doendo. Penso que o Padilha trata todo o mundo com o máximo de respeito e decência e a gente não quer que ninguém fique lamentado pelos cantos e que tudo seja feita a luz do dia. Se o PT quer ter cargo em Goiás, o PT vai ter cargo em Goiás. Mas os outros partidos aliados também vão ter cargo em Goiás”, pontuou.