Em uma sexta-feira com cara de feriado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu os ministros da área de infraestrutura hoje (03) e afirmou que falhas cometidas este ano não serão aceitas em 2024, segundo ano do mandato. Ele se referia ao andamento de projetos e obras.
“Toda e qualquer falha que a gente tenha percebido nesse primeiro ano não poderá se repetir no segundo ano. É como se fôssemos aqui o técnico de futebol, vocês são o time”, disse Lula na reunião interministerial.
Segundo a Agência Brasil, também participaram o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e o chefe da Casa Civil, Rui Costa.
Lula foi enfático: “A gente não pode deixar sobrar dinheiro que está previsto ser investido nos ministérios. A gente precisa transformar. Para quem está na Fazenda, dinheiro bom é dinheiro no Tesouro. Mas para quem está na Presidência, dinheiro bom é dinheiro transformado em obras. Transformado em estrada, em escola, saúde. Ou seja, se o dinheiro estiver circulando e gerando emprego, é tudo o que um político quer e um presidente deseja”, afirmou.
Sobre o dia escolhido para a reunião interministerial, o presidente comentou nas redes sociais: “Muita gente esticando o feriado, mas nós estamos reunidos com ministros para discutir projetos de infraestrutura para o país. Ainda teremos, neste ano, reuniões das pastas de serviços, áreas sociais e, por fim, uma reunião ministerial de avaliação no final do ano”.
Além de não “repetir possíveis equívocos”, o presidente disse que deseja ver a aplicação da totalidade os recursos dos ministérios, previstos no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Lula pretende realizar outras duas reuniões setoriais com os ministros das áreas de serviços e social. Antes da virada do ano, planeja fazer um grande balanço em uma reunião geral, com todo o seu ministério.
Na infraestrutura, as maiores apostas do governo são as obras do Novo PAC, lançado em agosto, e do programa Minha Casa Minha Vida. O investimento previsto no Novo PAC é de R$ 1,7 trilhão.
Apuração realizada pelo jornal Folha de São Paulo mostrou que quase metade da lista de 12,5 mil obras anunciadas pelo governo no lançamento é composta de promessas antigas, com projetos contidos em versões anteriores do PAC.
Segundo o levantamento, ao menos 5.319 ações (43%) correspondem à retomada de empreendimentos formalmente paralisados ou finalização de projetos inacabados dos pacotes promovidos em 2007 e 2011, durante gestões do PT.