12 de setembro de 2024
Recursos

Luciano Hang, da Havan, financia R$ 27 milhões em projetos com a Lei Rouanet, diz site

Luciano Hang usou Lei Rouanet para financiar peça sobre Silvio Santos
Luciano Hang e o ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Divulgação)
Luciano Hang e o ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Divulgação)

Apoiador fiel do ex-presidente Jair Bolsonaro, o empresário Luciano Hang, das Lojas Havan, investiu mais de R$ 27 milhões em projetos que foram autorizados a captar recursos da Lei Rouanet. Segundo o site UOL, nos últimos anos foram 350 doações expressivas feitas pelo empresário.

Conforme o mapeamento feito pelo UOL, uma delas foi para o musical “Silvio Santos Vem Aí”, que vai contar a trajetória de Silvio Santos. Foram cerca de R$ 300 mil para a montagem teatral, que já captou quase R$ 5 milhões por meio da iniciativa privada.

Ainda existem outros projetos apoiados por Hang que vão de documentário sobre os bastidores da campanha ao governo de Santa Catarina, de 2003, a um festival sertanejo na cidade de São Lourenço do Oeste, também no mesmo estado.

Vale lembrar que Hang é um fiel apoiador de Jair Bolsonaro (PL), que após a derrota, tem feito várias críticas públicas ao retorno de grandes projetos sendo aprovados a captar recursos via Lei Rouanet. As críticas são ecoadas por aliados, incluindo seus filhos.

As doações resultam em abatimento de imposto de renda do empresário, como prevê a lei criticada pelo bolsonarismo. Em 2022, quando algumas das doações de Hang vieram a público, ele defendeu o financiamento em uma série de tuítes publicados em suas redes sociais. Nesta quarta-feira, porém, não se pronunciou sobre o tema.

Lei Rouanet

Criada em 1991 ainda no governo Fernando Collor, a Lei Rouanet concede incentivos fiscais a pessoas físicas e empresas privadas patrocinadoras de produtos ou serviços na área da cultura.

A aprovação no Ministério da Cultura, no entanto, não garante a captação nem a execução do projeto, que ficam a cargo dos proponentes.

A captação é feita por renúncia fiscal. Ou seja, é uma reorganização de imposto, que seria pago aos cofres públicos, mas é direcionado a produções artísticas.


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