07 de agosto de 2024
Assembleia • atualizado em 10/11/2022 às 11:25

Lissauer Vieira diz que só vai se posicionar sobre taxa do agronegócio quando projeto chegar à Alego

Proposta do governador Ronaldo Caiado, que se reuniu com deputados estaduais para apresentar a ideia, deve ser enviada ainda hoje ao Legislativo
O presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, é ligado ao agronegócio (Foto: Divulgação)
O presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira, é ligado ao agronegócio (Foto: Divulgação)

O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSD), disse ao Diário de Goiás que só pretende se posicionar publicamente sobre a criação de uma taxa de contribuição para o agronegócio quando o projeto chegar à Casa.

Nesta quarta-feira (09/11), o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) se reuniu com deputados estaduais de sua base e voltou a defender o projeto sob a justificativa de que ele compensa a perda arrecadação devido às mudanças nas alíquotas do ICMS dos combustíveis.

O objetivo de Caiado é criar um fundo para realizar investimentos na área de infraestrutura. Inicialmente, foi anunciada uma parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), mas a entidade emitiu nota declarando ser contra a ideia.

Segundo Lissauer, que é ligado ao agronegócio, ainda não há uma data certa para o governador enviar o projeto à Alego. Até o momento em que ele se fez presente na reunião, isso não teria sido abordado. “Saí mais cedo. Não sei o que foi discutido no final. Quando o projeto chegar, vou me posicionar.”

Questionado se haveria dificuldade em colocar a proposta em pauta, o presidente da Assembleia Legislativa, que, supostamente, seria contra a taxa, reforçou que só falará sobre o assunto quando o texto estiver em suas mãos.

No entanto, de acordo com a apuração da reportagem, Caiado afirmou que o projeto deve ser enviado ao Legislativo ainda nesta quarta-feira (09/10). “Na reunião, foram apresentados alguns dados, mas não houve muitos detalhes”, disse um deputado da base.

“Quando chegar para nós, teremos mais conhecimento e aí cada deputado vai formar a sua própria consciência. Ainda é muito prematuro, mas o que dá para dizer, por enquanto, é que o modelo é o mesmo do Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso. Deu muito certo”, explicou.

“Chegamos a um consenso de que é preciso avançar o estado com a perda de receita. Houve um impacto significativo. Obras precisam ser feitas e o governo está tentando encontrar mecanismos para financiar isso”, complementou o parlamentar caiadista.

Ainda conforme esse deputado, entre todos os que fazem parte da base do governador, apenas Cairo Salim (PSD), que está em viagem, e Rubens Marques (União Brasil), que estava em uma consulta médica, não marcaram presença. “Não vi o Lissauer falando em ser contra”, garantiu. “E também não foram abordadas eventuais resistências de lideranças do setor.”


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