SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Liga MX e a Conmebol não chegaram a um acordo quanto ao calendário após semanas de negociação e os clubes mexicanos não disputarão a próxima edição da Copa Libertadores.
A informação é do presidente do Pachuca e integrante do Comitê de Desenvolvimento Esportivo da Liga MX, Jesús Martínez Patiño. Segundo ele, o presidente da Liga, Enrique Bonilla, comunicará a decisão em caráter oficial ainda nesta semana.
“Pelo que eu vejo, vamos sair da Libertadores, creio que Enrique [Bonilla] anunciará oficialmente. É o que se vê nas votações e foi para aprovar o calendário da nossa Liga”, afirmou Patiño ao site “Mediotiempo”.
“Está muita complexa a situação por causa do calendário, e nesse aspecto temos que apoiar todo o projeto da nossa Liga para não afetá-la”, explicou.
Fontes do Chivas Guadalajara, que disputaria a primeira fase eliminatória da Libertadores, informaram que o clube teria recebido uma mensagem da Liga MX comunicando a saída da competição continental por diferenças de calendário.
O motivo da mensagem da Liga MX, aliás, seria evitar que o Chivas investisse em reforços para a disputa da Libertadores.
Em Guadalajara, a imprensa informa que clube estaria negociando com dois jogadores com vistas à competição continental. De acordo com o site “La Aficion”, os dirigentes do clube não receberam bem a decisão, mas irão esperar a divulgação oficial.
Caso seja confirmada, a saída dos clubes mexicanos deve impactar diretamente a atual distribuição de vagas da Conmebol para a Libertadores. O México teria direito a duas vagas diretos para a fase de grupos e mais uma para o mata-mata preliminar.
“Sair de um torneio internacional tão importante como a Libertadores, com tanto renome, há sempre os prós e contras”, afirmou o presidente do Pachuca. “Oxalá seja o menos prejudicial para o futebol mexicano”, disse Patiño.
De acordo com o dirigente, houve a proposta por parte do Pachuca, apoiada por uma minoria de clubes, de que as equipes mexicanas disputassem a Libertadores com uma mescla das categorias de base com jogadores que não tivessem disputado 80% dos minutos do Campeonato Mexicano.
A sugestão, no entanto, foi rejeitada pela maioria das agremiações mexicanas.