22 de novembro de 2024
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Lava Jato pede bloqueio de bens de MDB e PSB

ESTELITA HASS CARAZZAI
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba pediu, em uma ação de improbidade administrativa, o bloqueio de bens dos senadores Valdir Raupp (MDB-RO) e Fernando Bezerra (MDB-PE), do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE) e dos diretórios nacionais do PSB e MDB.

Também foram alvos do pedido os espólios do ex-senador Sérgio Guerra, que foi presidente do PSDB, e do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que concorreu à Presidência pelo PSB. Ambos morreram em 2014.

A Lava Jato pede o bloqueio provisório de pelo menos R$ 100 milhões de cada um, a fim de ressarcir a Petrobras pelos desvios. No caso do MDB, o valor é de até R$ 1,89 bilhão.

O valor total cobrado pela ação, entre ressarcimento, multas e danos morais, chega a R$ 3 bilhões.

A Justiça ainda não decidiu a respeito, mas já determinou o bloqueio de um precatório do estado de Alagoas à construtora Queiroz Galvão, acusada de participação no esquema.

O grupo é acusado de ter participado e se beneficiado de desvios na Petrobras, por meio da cobrança de propina em contratos da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, ou do pagamento de vantagens indevidas na CPI da Petrobras, em 2009.

Os fatos ainda são alvo de apuração. No caso de Bezerra, a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro foi rejeitada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) na semana passada. Em ações de improbidade administrativa, porém, não há foro privilegiado.

Em nota, o MDB informou que todas as doações recebidas foram contabilizadas e aprovadas pela Justiça e que a ação de improbidade “mais parece um panfleto político eleitoral”.

O senador Bezerra, também em nota, lembrou que o STF, “instância máxima do judiciário brasileiro”, rejeitou a denúncia contra ele em duas ocasiões no passado.

“Como reforça a defesa de Fernando Bezerra, […] ‘não há suporte mínimo de autoria e materialidade contra o senador e a consequência natural era a rejeição das denúncias pela Suprema Corte do país'”, diz o texto.

As defesas dos demais citados não foram localizadas.


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