Foi lançado nesta quinta-feira, dia 21, o Pacto Goiano pelo Fim da Violência contra a Mulher. A ideia é envolver a sociedade no combate à violência. Uma ferramenta para a proteção da mulher é o aplicativo Goiás Seguro, que estará disponível para as versões IOS e Android. A partir dele, qualquer cidadão, e não necessariamente somente a vítima, poderá acionar a Polícia Militar pelo celular.
“A ideia é que a mulher seja atendida pelos policiais que estejam mais próximos a ela, e não tenham que esperar talvez horas, um tempo considerável até que chegue a ajuda de um policial. Com isso, a viatura mais próxima do local estará sendo deslocada e possa dar amparo e possa evitar situações graves como feminicídios. A Polícia Civil também está integrada, e talvez pode ser o primeiro braço a amparar”, declarou a titular da Delegacia da Mulher, Paula Meoti.
O governador de Goiás Ronaldo Caiado afirma que o aplicativo e as outras ações voltadas a proteção da mulher vai muito além de um slogan de governo. “Todos por elas não é um slogan é uma meta, como foi ou bandido muda de profissão, ou muda de Goiás, todos já viram que a segurança melhorou no estado. Nós queremos jogar a taxas de feminicídios a patamares mínimos”, afirmou o governador.
Sala Lilás e Educação
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Social, Lúcia Vânia, haverá além do aplicativo, a Sala Lilás em que os policiais terão treinamento sobre a Lei Maria da Penha e a mulher que chegará a esta sala terá um tratamento humanizado. A secretária também destacou a realização de parceria com o Poder Judiciário nas escolas estaduais e municipais e desenvolvendo o programa Maria da Penha Vai as Escolas.
“Isso é para que as crianças, os jovens estejam familiarizados com essa questão da discriminação contra mulher e mudar essa cultura, para que a gente tenha uma mudança. Cada um na sua área de atividade para fazer este enfrentamento contra a violência à mulher”, afirmou a secretária Lúcia Vânia.
O enfrentamento do feminicídio e da violência contra a mulher, leva em consideração os altos índices apresentados no Atlas da Violência de 2019, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). A intenção do governo goiano é articular e integrar políticas públicas desenvolvidas por diversos órgãos e entidades governamentais, da sociedade civil e organizações religiosas.
“Foram apresentadas várias medidas pelo governo do estado que reputamos como muito importantes para a proteção dessa mulher vítima, além disso temos o valor simbólico, pois estamos chamando a sociedade para refletir sobre o tema e para que a gente possa mudar uma cultura de violência contra a mulher que tem imperado no nosso estado. Precisamos diminuir as estatísticas, mas além disso, as ações de reprimir a violência com apoio da sociedade”, destacou a delegada Paula Meoti.
Comitê gestor
Também foi formado o Comitê Gestor da Rede Estadual pelo Fim da violência Contra a Mulher, envolvendo todos os órgãos do governo além de várias outras entidades com direito a voz e voto. O termo de posse foi assinado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
Um órgão que faz parte desta rede é a Defensoria Pública de Goiás. A defensora Pública Gabriela Hamdan está à frente do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher (NUDEM). O objetivo geral é o de realizar o atendimento qualificado das mulheres de vítima de violência em razão do gênero.
A defensora explica que o Nudem faz parte da rede de enfretamento contra a mulher. Ela ressalta a importância de ações como cursos de defensoras populares, campanhas institucionais que tem colaborado para a proteção à mulher em Goiás. “Somente o trabalho em conjunto para ser capaz para ter resultado, o que dá resultado é esse trabalho em rede, não de forma isolada”, declarou.
Complemento
A nível federal, o governo tem o número 180, para o qual a pessoa que se sente vítima de violência pode ligar para denunciar o agressor e buscar orientações para se proteger e tomar as providências legais.
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