O senador Jorge Kajuru (Podemos) garantiu que seu trabalho durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades no Ministério da Educação (MEC) será feito de forma “independente”.
“Minha situação é confortável porque não sou candidato a nada e não vou fazer campanha. Eu vou trabalhar”, afirmou o senador, em entrevista ao Diário de Goiás. “Vou trabalhar de forma independente, responsável e sem revanchismo.”
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“Para quem acha que ela é eleitoreira, isso significa que, meses antes da eleição, o governo federal pode roubar? Que não se investiga nada antes da eleição? CPI não tem hora”, acrescentou.
De acordo com o senador, a opinião pública julgará quem praticar “politicagem” durante a CPI do MEC. “Cada um é responsável pelos seus atos. Não vou manchar minha história na CPI de forma partidária. Quero saber a verdade, ouvir, apurar, questionar tudo e ter minha conclusão.”
Apesar disso, Kajuru mostra algum ceticismo quanto a possíveis resultados concretos. “Relatório final de CPI sempre é decepcionante, não pelo relatório, mas pela Justiça, que não faz nada”, afirmou. “Essa coisa de ser relator não me empolga. O que me empolga é o dia a dia.”
Questionado sobre possíveis impactos dos trabalhos da CPI no presidente Jair Bolsonaro (PL), o parlamentar declarou não estar preocupado com esse assunto. “A CPI não tem a intenção de ser a pá de cal do governo, e a eleição quem define é o eleitor. Para mim, a pá de cal já aconteceu antes, na pandemia, especialmente a posição individual do presidente”, frisou.