A Justiça determinou nesta quarta-feira (23) o desbloqueio de bens da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), que estão avaliados em R$ 2,913 milhões.
A decisão é da juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais. O pedido de desbloqueio partiu do atual representante da Afipe, Padre André Ricardo de Melo.
Melo argumentou que o bloqueio não era necessário, pois “foram adotadas providências internas para evitar a suposta dilapidação indevida de seu patrimônio”. Ele também afirmou que o funcionamento da Afipe ficou comprometido com a decisão anterior, do dia 20 de agosto.
Investigado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por operações suspeitas na Afipe, Padre Robson de Oliveira, que presidia a entidade, se afastou, assim como outros envolvidos.
A magistrada acatou o pedido e constatou que o valor das despesas em aberto, de R$ 6,9 milhões, é superior ao valor bloqueado, “o que demonstra a necessidade de revogação da medida constritiva, com o fim de possibilitar que a entidade religiosa tenha condições de efetuar o pagamento de, pelo menos, parte de suas despesas”, argumentou a juíza.
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