Por quatro votos a dois, o Conselho de Ética do Diretório Estadual do PMDB decidiu nesta segunda-feira (22), pela expulsão do empresário José Batista Júnior, o Júnior do Friboi, dos quadros do partido. Agora o processo segue para o Diretório Nacional. De acordo com o presidente do Conselho, Leon Deniz, há um prazo de até 15 dias para a defesa recorrer da decisão. Até lá Friboi ainda segue como filiado do partido.
Fazem parte do conselho, além do presidente, outros seis membros. Votaram favoráveis pela expulsão, o relator do processo Dorival Mocó, Gilmar Mota, Lucas do Vale e Marconi Pimenteira. Manifestaram-se contra: Kowalski Ribeiro e Juliano Rezende.
Acusação
O relator do processo argumentou que o grande problema para Friboi é que ele apoiou no 2º turno de 2014, a reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB), que era na ocasião o adversário de Iris Rezende. Foi alegado que o empresário teria escrito uma carta e se manifestado favorável ao candidato tucano.
“Todos viram que o Júnior do Friboi apoiaria Marconi e nós em momento nenhum vimos ele vir a público desmentir este fato. Pelo contrário, ele escreveu uma carta entre o primeiro e o segundo turno, em que declara abertamente de que o melhor candidato para Goiás é Marconi Perillo. Ele tece críticas ao candidato Iris Rezende parece comemorar a não eleição para deputada de Dona Iris”, argumenta o relator Dorival Mocó.
Durante o julgamento ainda foi negado pedido de vista solicitado pela defesa. A alegação da relatoria é que o processo não era complexo, mas simples, por isso não havia a necessidade de te sido acatado o pedido de vista.
Defesa
A defesa de Júnior do Friboi alega que não há a comprovação de que realmente ele escreveu a carta manifestando apoio a Marconi Perillo. Além disso, a defesa ainda argumenta que mesmo que tivesse mostrado favorável ao adversário do PMDB, não caberia punição, pois não é dirigente partidário. Posicionamentos diferentes seriam permitidos a membros.
“O relatório não conseguiu tipificar qualquer conduta do Júnior que enseja a expulsão. O fundamento é que o Júnior poderia ter apoiado o candidato adverso a Iris Rezende. Na verdade não houve este apoio, se utiliza uma cartar para provar que existia este apoio. O que se pegou a defesa é que ele não é dirigente partidário, mas apenas um filiado. O PMDB dá a liberdade para que um filiado do partido apoie outro candidato, ao dirigente partidário não, aí sim se prevê a expulsão”, descreve um dos membros do conselho Kowalsky Ribeiro.
Recurso
De acordo com o advogado de defesa de Júnior do Friboi, Felipe Melazzo, ele recorrerá dentro do prazo junto ao diretório nacional. Ele acredita que lá poderá ocorrer um julgamento mais técnico e menos político.
“Por enquanto foi uma posição do Tribunal de ética nosso, será encaminhado ao diretório e esta decisão cabe recurso e tem efeito suspensivo. O Júnior do Friboi tem um prazo para recorrer e a partir deste momento será encaminhado ao Diretório Nacional enquanto isso, ele continua filiado”, avalia o presidente do conselho, Leon Deniz.
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