Em uma partida emocionante, decidida na última bola, a seleção brasileira feminina de handebol conheceu a sua primeira derrota neste Jogos Olímpicos Paris 2024. Neste domingo (28), na Arena Paris Sul, o Brasil tomou a virada e foi superado pela Hungria por 25 a 24, em jogo válido pelo grupo B.
As leoas, como são conhecidas as brasileiras, dominaram praticamente todo o jogo, mas acabaram tomando a virada das húngaras no último lance do jogo. Agora, o Brasil se prepara para o próximo compromisso nestes Jogos, contra a França, na terça-feira (30), às 14h (horário de Brasília).
“É claro que a gente está decepcionada. Principalmente quando a gente perde de um gol. Fica um gosto mais chato. A gente falhou nos momentos chave. Em bolas que era para gente abrir quatro gols. A gente errou. Infelizmente faz parte do jogo. Do outro lado tem um time forte e parabéns para elas. Temos que melhorar nesse aspecto. Não podemos deixar chutar a última bola. Tem que servir de aprendizado. Acredito no nosso time e podemos fazer bem melhor ainda. Perdemos, mas perdemos lutando”, analisou a armadora Bruna de Paula, capitã da equipe, logo após a partida.
A armadora Mari Fernandes, um dos destaques do Brasil em momentos decisivos da partida, endossou a análise da capitã Bruna. Mari também aproveitou para agradecer toda a força que a equipe tem recebido da torcida brasileira nos últimos dias. Segundo ela, apoio fundamental para o Brasil seguir confiante na campanha olímpica.
“A gente começou muito bem. Mas o jogo hoje foi decidido nos pequenos detalhes. Precisamos rever esse jogo. Vamos sofrer um pouco agora, mas já colocar o foco no próximo. Precisamos muito da próxima vitória, porque temos muito pela frente. Espero que a energia que estão mandando do Brasil continue chegando. Quero muito agradecer, porque está muito bom sentir isso”, concluiu.
O JOGO
A partida começou com muito equilíbrio entre as equipes e defesas eficientes de ambos os lados. Os dois times se alternavam no placar, até que a Hungria conseguiu uma vantagem discreta de dois gols (4 a 6). Imediatamente o técnico brasileiro Cristiano Rocha pediu tempo e, no retorno, as brasileiras emendaram três gols seguidos para passar à frente no placar (7 a 6). Apesar de desperdiçarem alguns contra-ataques, as leoas se aproveitaram da vantagem numérica, após falta e suspensão de dois minutos de uma defensora húngara na reta final do período, para ajustarem a parte ofensiva e abrirem três gols de diferença: ao fim da primeira etapa, o placar apontou 15 a 12 para as brasileiras.
Na volta para o segundo tempo, as duas equipes apresentaram mais tensão e desperdiçaram chances. Mesmo assim, o Brasil controlou um pouco mais os nervos e conseguiu abrir um pouco a vantagem para quatro gols (17 a 13). A Hungria reagiu, diminui a vantagem para dois (19 a 17), mas novamente depois de um tempo do técnico brasileiro, as leoas aumentaram a agressividade na defesa, contaram mais uma vez com a ótima atuação da goleira Gabi Moreschi, e impuseram mais velocidade no ataque para continuar em vantagem. As húngaras, entretanto, vieram para cima e conquistaram o empate (24 a 24). A partir daí, a tensão entrou em cena nos minutos finais. No último lance, a Hungria conseguiu fazer o 25º gol e não sobrou tempo para o contra-ataque brasileiro.
Informações – COB