O Secretário de Segurança Pública de Goiás, Joaquim Mesquita foi visto, no início, como uma intervenção branca do governo federal em Goiás. Tudo porque ele foi emprestado da Polícia Federal, que cuidou da Operação Monte Carlo, para a Secretaria Estadual de Marconi Perillo. Hoje, no entanto, já não há mais essa impressão. Onde vai, Joaquim defende Marconi. E, mais recentemente, já age como candidato a deputado federal em 2014. O que se fala internamente é que Joaquim já teria inclusive se filiado ao PSDB de Goiás.
Ninguém sabe se foi algo premeditado, mas Joaquim tomou gosto pela política. Só em 2013 já visitou mais de 30 cidades do interior e dezenas de bairros de Goiânia. Sua agenda e suas ações são típicas de quem é candidato. Ele próprio já confidenciou a um círculo de prefeitos que é candidato a uma vaga no Congresso Nacional e espera o apoio deles em 2014. Quando perguntado publicamente se é candidato, Mesquita se esquiva sempre dizendo que é “obrigação do secretário de segurança conhecer as unidades de todos os municípios goianos”.
Ultimamente um de seus focos tem sido uma operação que abrange mais de 100 bairros de Goiânia e tem foco principal no combate a homicídios, tráfico de drogas e cumprimento de mandados de prisão. Nessas operações, o ritual é que o Secretário apareça apenas de vez em quando. Com Joaquim Mesquita, a presença é sempre certa.
Já há quem compare Mesquita com outro ex-secretário de segurança pública de Marconi que, em seguida, acabou sendo candidato: Demóstenes Torres. Assim como Mesquita, Demóstenes também sempre teve agenda de candidato quando era secretário de segurança pública e igualmente sempre negava sua intenção de se candidatar.