27 de novembro de 2024
Cidades

Joaquim Mesquita: Dados da SSP apontam para estabilização e queda nos homicídios

O Secretário de Segurança Pública de Goiás, Joaquim Mesquita, avlia que há uma tendência de estabilização e queda nas ocorrências de homicídio no Estado, apesar da alta registrada no último mês quando foram notificadas 77 mortes deste tipo. “Entre 2012 e 2011 houve uma variação de 22%, ou seja, houve crescimento. Entre 2012 e 2013 cresceu 6,18%. E entre 2013 e 2014 estamos com um crescimento de 2,24%”, exemplificou. “Vínhamos em uma curva crescente e agora estamos estabilizados com uma tendência decrescente”, completou.

Mesquita foi convidado do programa Mesa dos Notáveis da Rádio Vinha FM, onde concedeu entrevista ao apresentador e diretor do Diário de Goiás, Altair Tavares. Em pauta, além dos dados da pasta, as medidas tomadas para conter a violência no Estado e a ampliação das forças de segurança.

Confira abaixo um trecho da entrevista:

Altair Tavares: Como é realizado o concurso do Serviço de Interesse Militar Voluntário (SIMV) da Secretaria de Segurança Pública de Goiás?

Joaquim Mesquita: São para pessoas que já cumpriram o tempo de serviço militar obrigatório nos últimos cinco anos. Eles passam por um processo seletivo, com provas aplicadas pela Polícia Militar, exames físicos e testes médicos. Em seguida, de acordo com a classificação, é iniciado um curso de formação na academia de Polícia Militar. Ao terminar o curso esses policiais militares serão efetivados como soldados de terceira fase. Já temos cerca de 1.300 mil homens formados trabalhando em Goiânia e cidades do interior. Contamos com a chegada demais 500 que estão se formando. A dotação de pessoal autorizada pela Assembleia Legislativa e pela legislação é de 2.600 pessoas. Ou seja, vamos recrutando sistematicamente até alcançar o número exigido.

Altair Tavares: Qual é o resultado desses policiais militares?

Joaquim Mesquita: O resultado mais perceptível é a queda no índice de roubos a comércio. É notável a presença de mais policiamento ostensivo em grandes locais comerciais como Campinas e Centro.

Altair Tavares: Uma ouvinte pergunta sobre a possibilidade de ingresso das pessoas que estão no cadastro de reserva do concurso realizado para formação de policiais (cadetes).

Joaquim Mesquita: O número de vagas do último concurso da PM já foi preenchido. Inclusive é levado o cadastro de reserva para 50%. Essa questão é uma discussão jurídica no âmbito do governo de Goiás e da Procuradoria Geral do Estado (PGE). Mas certamente irá ocorrer em breve.

Altair Tavares: Será realizado novo concurso para a PM?

Joaquim Mesquita: Os tramites para realização de concurso caminham sob o âmbito interno. O governador Marconi encaminhou o projeto de lei ainda 2013 e a Assembleia Legislativa autorizou a ampliação do efetivo para 30 mil homens. A nossa expectativa é de que cheguemos nesse número em 10 anos. Para isso, temos que realizar concursos regulares para manter o efetivo nessa linha de crescimento.

Altair Tavares: A segurança é avaliada em torno dos homicídios. Como estão as estatísticas da segurança pública em todo o estado?

Joaquim Mesquita: Mesmo do alto número de homicídios no mês de junho, cerca de 77 mortes, nos dados gerais de Goiás, apontam para estabilidade e queda se comparado ao mesmo período de 2013. Entre 2012 e 2011 houve uma variação de 22%, ou seja, houve crescimento. Entre 2012 e 2013 cresceu 6,18%. E entre 2013 e 2014 estamos com um crescimento de 2,24%. Vínhamos em uma curva crescente e agora estamos estabilizados com uma tendência decrescente. Há uma criação que também complementa o trabalho da PM, que é o Grupo de Trabalho, criado pelo governador Marconi, presidido pelo vice-governador, de Apoio às Ações de Segurança Pública, formado por diversas secretarias do governo de Goiás, que orienta e articula suas ações, agora focadas nos 15 bairros que possuem o maior número de homicídios.

 

Altair Tavares: O planejamento da Segurança Pública está à margem do programa político, com preocupação eleitoral, ou está conseguindo manter programas que independam de quem esteja na direção?

Joaquim Mesquita: O governador Marconi orienta a nossa atuação e sempre cobra resultados. Muitas políticas que estamos implementando devem-se especificamente ao empenho pessoal dele. Dificilmente haverá algo a ser feito diferente do que fazemos e que é feito em outros estados. Mas é evidente que a liderança do governador é essencial para que possamos alcançar os resultados e avançar ainda mais.

Altair Tavares: Essas políticas têm uma característica perene?

Joaquim Mesquita: Eu não imagino alguém dizendo que implantar um Centro Integrado de Comando e Controle não seja importante. Faremos ainda neste mês a substituição completa de todas as viaturas policiais, pela segunda vez em um intervalo de quatro anos. Todas serão modernas e rastreadas com GPS. É um conjunto de ações e metodologia de gestão que seja difícil de apontar que não esteja no caminho correto.

Altair Tavares: A licitação das viaturas já está encerrada?

Joaquim Mesquita: Sim. Estamos na fase de substituição dos veículos. Quatro empresas distintas venceram, mas não sei dizer quais são. Mas todas participaram de um processo seletivo e ganharam as que apresentaram menor preço. Com isso, houve uma redução que deve chegar a aproximadamente R$ 3 milhões anuais, mesmo aumentando o número de viaturas (cerca de dois mil veículos) e colocado o GPS.

 

 

 


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