Denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), João Teixeira de Faria foi condenado a 109 anos e 11 meses de reclusão por 8 crimes de estupro de vulnerável e 26 infrações penais de violação sexual mediante fraude, em relação a três ações penais.
Somadas a estas, já são 8 condenações por crimes sexuais a ele impostas e referem-se à terceira, quarta e décima terceira denúncias oferecidas pela Promotoria de Justiça de Abadiânia.
Os promotores de Justiça Luciano Miranda Meireles e Izabella Artiaga Dias Maciel levaram em consideração os relatos de 42 vítimas. Em 25 situações os crimes estavam prescritos. Os crimes teriam acontecido entre 1985 e 2018. A sentença foi proferida pelo juiz Marcos Boechat Lopes Filho.
Força-tarefa apurou vários crimes
No fim do ano de 2018, o programa Conversa com Bial, da Rede Globo, veiculou reportagem com relatos de vítimas de João Teixeira de Faria. As mulheres contaram que teriam sofrido crimes sexuais enquanto faziam tratamento espiritual na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia.
O MPGO instituiu uma força-tarefa, em 10 de dezembro daquele ano, para apurar os crimes. Foram ouvidas testemunhas e formados núcleos específicos para tratar da questão. Os contatos das vítimas ocorreram por e-mail, telefone e presencialmente.
Já são oito condenações que somam mais de 220 anos de reclusão
A Justiça já recebeu 15 denúncias contra João Teixeira de Faria por crimes sexuais. Em oito deles já houve condenação:
– 19 anos e quatro meses de reclusão por violação sexual mediante fraude, na modalidade tentada; violação sexual mediante fraude; e dois estupros de vulneráveis;
– 40 anos de reclusão por cinco estupros de vulneráveis;
– dois anos e seis meses de reclusão por violação sexual mediante fraude contra uma vítima;
– 44 anos e seis meses de reclusão por estupro contra duas vítimas e estupro de vulnerável em relação a outras duas vítimas.
– quatro anos de reclusão por violação sexual mediante fraude.
– 41 anos e quatro meses de reclusão por três crimes de estupro de vulnerável e por 21 crimes de violação sexual mediante fraude.
– 16 anos e 10 meses de reclusão por um estupro de vulnerável, uma) violação sexual mediante fraude e uma violação sexual mediante fraude na modalidade tentada.
– 51 anos e nove meses de reclusão por quatro crimes de estupro de vulnerável e três crimes de violação sexual mediante fraude.
João Teixeira de Faria também foi condenado a três anos de reclusão por posse irregular de arma de fogo de uso permitido e por posse irregular de arma de fogo de uso restrito.
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