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Brasil
| Em 1 ano atrás

Jair Bolsonaro fala sobre Mauro Cid, diz se sentir triste por ele e pretende abraça-lo; entenda

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu uma entrevista para a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo um dia antes de se submeter a cirurgia para corrigir hérnia de hiato e desvio de septo, na manhã de terça (12), e, na ocasião, deu declarações sobre Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens. Na suíte do hospital Vila Nova Star, em São Paulo, com a presença dos advogados Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de seu governo, e Paulo Cunha Bueno, Bolsonaro falou sobre as acusações e, principalmente, sobre a delação premiada de Cid.

Antes de falar Mauro Cid, Bolsonaro disse, de uma vez, que negou ter participado de uma tentativa de golpe no Brasil. Ele afirmou que desde que assumiu a presidência foi constantemente acusado de querer dar um golpe, mas que ninguém acha “uma só situação” dele “agindo fora das quatro linhas da Constituição”, como sempre afirma. “Não seria depois do segundo turno [das eleições de 2022] que eu iria fazer isso. Muito menos no 8/1. Eu já não era mais nada, estava fora do Brasil”, recordou o ex-presidente.

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Sobre Mauro Cid, Bolsonaro afirmou que tem afeto pelo ex-ajudante de ordens, que o tratou “como um filho” e que está triste pela situação do militar. “Eu sinto tristeza com o que está acontecendo, né? Eu não queria que ele estivesse nessa situação. Ele é investigado desde 2021. Por fake news? Por causa das minhas lives, em que eu falava de Covid-19? Qual é a tipificação de fake news no Código Penal? Não tem. É como ser acusado de ter maltratado um marciano. Não existe isso aí. Por que se abre um inquérito dessa forma, e os inquéritos duram para sempre? Qual é a intenção?”, questiona Bolsonaro, na tentativa de livrar a barra de Cid.

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O ex-presidente ainda disse que, em seus “dias de reflexão”, Se coloca no lugar de Mauro Cid. “E eu tenho um pensamento sobre ele: eu pretendo –e brevemente, se Deus quiser– dar um abraço nele. É só isso que eu posso falar”, afirmou Bolsonaro.

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A entrevista, bem longa, ainda trouxe falas de Bolsonaro sobre um possível retorno a presidência, sobre sua prisão e sobre morte. Sobre retornar a vida política como chefe do Executivo federal, ele disse que não é sua “prioridade no momento” e, sobre a prisão, que “dentro da lei”, não vislumbra isso para si.

“Eu pergunto aos advogados, e eles me dizem que só se for por uma medida de força. Eu teria que ter um julgamento. Eu seria preso preventivamente? Por quê? Eu não estou obstruindo as investigações, não estou conversando com quem [outros investigados] tem medidas cautelares, não estou buscando combinar nada com ninguém, tá certo?”, continuou.

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Já sobre morte, claro que Bolsonaro citou a facada em 2018 e que não faz muita diferença para ele. “Essa questão de vida, de morrer, não morrer, ela virá naturalmente. Só peço a Deus que, se for morrer um dia, eu morra sem sofrimento. Diferente do meu pai, que sofreu muito com um câncer. Então essa é a vida”, concluiu.

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Carlos Nathan Sampaio

Jornalista formado pela Universidade Federal e Mato Grosso (UFMT) em 2013, especialista Estratégias de Mídias Digitais pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação de Goiânia - IPOG, pós-graduado em Comunicação Empresarial pelo Senac e especialista em SEO.