Com readequações, o novo Ipasgo Saúde passará a cobrar colaboração de prefeituras para cobertura de saúde a servidores municipais. Ao Diário de Goiás, o presidente do Ipasgo Vinícius Luz explicou que, atualmente, algumas prefeituras não fazem coparticipação no convênio, o que gera um déficit na receita.
O planejamento é que as mais de 100 prefeituras beneficiadas pelo plano de saúde aos servidores municipais participem com contrapartida. “A prefeitura que não aceitar não tem condição de permanecer. Nós vamos ter que sentar individualmente, respeitando o prazo de cada convênio, mas nós temos que conversar sobre isso”, destacou Vinícius Luz.
Conforme o presidente do Ipasgo, poucas prefeituras realizam a contrapartida, mas de maneira que os valores são abatidos no contra-cheque do beneficiário e não repassados ao Ipasgo. “Pouquíssimas prefeituras colaboram, mas elas colaboram de uma forma inversa. Às vezes, elas ajudam o seu servidor, mas elas colocam algo no seu contra-cheque para que seja debitado no contra-cheque do servidor para ser passada ao Ipasgo. Agora tem que ser diferente”, detalha.
De acordo ele, o registro na ANS não afetará a assistência ao servidores municipais. “As prefeituras não estão em discussão. Os convênios com as prefeituras estão regulares, segundo a ANS. Não teria nenhum problema a gente continuar prestando serviço através de convênios com as prefeituras”, elucidou.
Mudanças
Vinícius explica que, na nova modalidade prevista, os valores serão cobrados das administrações municipais e dos servidores públicos. “O servidor vai pagar X, mas a prefeitura vai pagar Y também, como patrocinadora. Isso vai ficar mais claro a partir desse momento que a gente fizer essa nova negociação com cada prefeitura”, elucida.
Luz ressalta que a medida visa evitar o déficit da receita do Ipasgo, que atualmente é assegurada pelo Governo de Goiás. “O Estado, no último dia 31 de julho, aportou cerca de R$ 250 milhões. Vai aportar quase R$ 250 milhões daqui até o final do ano, parceladamente, em quatro meses. Ou seja, nós temos essa segurança, porque nós temos um patrocinador”, explica.
“Seja em menor volume ou em maior volume, o que nós não podemos é assumir um déficit. Nós não podemos ter o déficit de cada convênio. O convênio não precisa dar lucro para o Ipasgo. Não é esse o objetivo da operadora, mas pelo menos tem que empatar”, defende o presidente Vinícius Luz.
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