15 de novembro de 2024
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Ipasgo detecta 6 mil usuários sem CPF e revela déficit de R$ 27 mil por hora

Presidente do Ipasgo, SIlvio Fernandes está com coronavírus.(Foto: Reprodução)
Presidente do Ipasgo, SIlvio Fernandes está com coronavírus.(Foto: Reprodução)

O Ipasgo detectou mais de 6 mil usuários do plano de assistência sem CPF, segundo revelou o presidente do instituto, Sílvio Fernandes. De acordo com ele, este é um dos principais motivos de um déficit financeiro que chega a R$ 27 mil por hora, conforme o gestor.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia, Fernandes diz que os CPFs inexistentes foram encontrados num levantamento de 150 mil usuários. “Agora imagina, nós temos 605 mil usuários”, lembrou o presidente do Ipasgo.

Fernandes citou também a ineficiência do registro de uso de leitos de UTI e os pedidos de “exames desnecessários” por falta de uma política forte de gestão. Com isso, o prejuízo, em momento de pandemia, equivale a 10 leitos diários de UTI por hora, de acordo com o presidente. “É um valor astronômico. O mau gerenciamento desse recurso acarreta dificuldade de manter o atendimento do usuário”, pontuou.

Implantação de plataforma para economizar

O Ipasgo vai contratar nova plataforma de tecnologia para a modernização da prestação de assistência em saúde. O edital do pregão eletrônico foi publicado no dia 15 de abril para a aquisição de serviço de automação, com software para o apoio operacional e ferramentas gerenciais, pelo valor estimado de R$ 124,9 milhões.

A nova plataforma vai disponibilizar ferramentas gerenciais, táticas e operacionais para a gestão de sistema de assistência à saúde, aprimoramento, implementação e operacionalização de programa integrado de promoção à saúde e prevenção de doenças e agravos. Estudos técnicos iniciais apontam que, como a atualização do serviço, o custo operacional do Ipasgo deve ser reduzido imediatamente em cerca de R$ 33,6 milhões.

Em 2019, o valor gasto com o mesmo tipo de serviço ficou em R$ 158,5 milhões. A modernização da tecnologia também vai impactar nos gastos operacionais, pois evitará desperdícios, fraudes e desvios. A previsão é de que estes custos sejam reduzidos em até 15%, anualmente, o que representará uma economia média de R$ 270 milhões.

Ao total, o processo de modernização dos sistemas vai gerar uma economia média de R$ 304 milhões anuais, nos gastos administrativos e operacionais. A medida segue a determinação do Plano de Contingenciamento de Gastos para o Enfrentamento da Pandemia de Covid-19, que tem como propósito mitigar o impacto do novo coronavírus nas finanças, bem como as orientações do Governo de Goiás para modernizar e ampliar a oferta de serviços em saúde, o plano de assistência vai implementar sistema de automação, com novas tecnologias para ampliar a transparência e controle de falhas de desvios.

A remodelação dos processos de tecnologia do Ipasgo é acompanhada pela Controladoria Geral do Estado (CGE), Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e Tribunal de Contas do Estado (TCE). O presidente do Ipasgo, Silvio Fernandes explica que as novas ferramentas vão permitir um controle real e eficiente dos atos e reduzir fraudes e corrupções.


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