Apesar de supostamente ter ocorrido em 2016, o vídeo que mostra o ex-policial militar Evandro Guedes ironizando a violação de cadáveres voltou a viralizar nas redes sociais. As declarações do então “professor” foi dada durante uma das aulas do AlfaCon, curso que prepara alunos para concursos públicos. A especulação pelo qual o vídeo teria voltado a viralizar é de que o motivo seja político. Isso por que, o ex-pm é bolsonarista e amigo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
De toda forma, vale reforçar que, no vídeo, durante uma aula que é destinada para pessoas que buscam fazer concurso público, voltado para forças de segurança, Evandro afirma que assumiria o crime de vilipêndio de cadáver, se a pessoa morta fosse uma mulher bonita.
“Imagina você que é virgem, você passa em um concurso de necrópsia de nível médio. Aí vem uma menina do Pânico na TV morta, com aquele rabão. Duas horas da manhã e não tem ninguém, você coloca a mão e ela tá quentinha ainda, o que você vai fazer, vai deixar esfriar?”, ironiza o ex-pm. Falas voltaram a deixar internautas chocados com a frieza e falta de noção de Evandro.
O ex-pm ainda faz comentários relatando que um secador de cabelo poderia ser usado para manter a temperatura do corpo e a medida que ele iria endurecendo. “É o dia mais feliz da sua vida. É crime? Sim, você mexeu com a honra do cadáver, o sujeito passivo do crime é o familiar da vítima, imagina o pai dela”, complementa ele. Assista abaixo.
Vale lembrar que, em 2020, a AlfaCon já havia se manifestado e divulgado uma nota afirmando que o ex-policial já havia deixado a instituição. A instituição ainda disse que se tratava de um exemplo fictício usado para ilustrar uma situação do direito penal. “O vídeo foi editado de forma a parecer que o professor em questão era praticante do crime. Ele é antigo e foi retirado do ar para que ninguém faça mau uso do conteúdo”.
Evandro, por sua vez, também se manifestou e em resposta às críticas gravou novo vídeo, divulgado em redes sociais, onde diz que tudo se tratou do que chama de “ficção jurídica”. “Se ela está morta, ela não é mulher. O que é que ela é? Um defunto, não é uma pessoa viva, não tem mais personalidade jurídica”, completou.
O vilipêndio de cadáver ou necrofilia é crime e a pena pode chegar de um a três anos de reclusão.