O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023, que acontecerá nos dias 5 e 12 de novembro, costuma cobrar assuntos pertinentes da atualidade. Nesse sentido, para quem se prepara para as provas, se informar sobre o tema Inteligência Artificial (IA) pode ser interessante tanto para se inteirar do assunto, quanto para usar a ferramenta como aliada para os estudos nas semanas que antecem o exame, é o que indicam os especialistas.
As ferramentas de inteligência artificial Chat GPT, Google Bard, LuzIA foram muito discutidas e utilizadas em diversas áreas de atuação durante este ano. Apesar de ser um mecanismo interessante para produção de conteúdos e informações, necessitam de cuidados especiais no uso.
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Na inteligência artificial para produção de textos, por exemplo, o usuário faz perguntas e as respostas aparecem instantaneamente na tela. Uma solução rápida e fácil. O problema é quando esse mecanismo dá respostas que não são verdadeiras, uma possibilidade, visto que a ferramenta busca pelas respostas em um banco de dados disponível no sistema, que podem ser atuais ou não.
A Agência Brasil entrevistou um especialista da área para dar dicas sobre o assunto. O professor do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Sistemas e Computação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Cláudio Miceli, detalhou como a ferramenta funciona e trouxe dicas para utilizar o IA como aliado nos estudos, sem cair em ciladas.
De acordo com o professor, as plataformas de inteligência artificial podem ser usadas como sistema de aprendizado por reforço, para identificar os pontos fortes e fracos do estudante. A partir de perguntas e respostas o programa identifica quais as maiores dificuldades e propõe questões voltadas para a fraqueza do aluno. “Isso é muito comum, várias páginas para concurso usam isso”, destaca Miceli.
No entanto, Miceli reforça que a atenção é necessária. “Confiar cegamente como se fosse o oráculo da verdade é o problema. Mas, como guia de estudos, como um começo, é muito interessante”, afirma o professor.
Conforme o especialista, a dica de ouro é utilizar as plataformas de inteligência artificial como ferramentas adicionais e auxiliares de estudo. “Quando o aluno trabalha, ele tem que ser obrigado a se confrontar com mais de uma fonte. Isso o obriga simplesmente a não aceitar aquela resposta como a única verdade do universo. A questão é justamente isso, obrigar o aluno a pensar”, acrescenta.
Com informações da Agência Brasil