Um futuro onde a tecnologia avançada pode ajudar os médicos a tomar decisões mais precisas e aprimorar os cuidados de saúde não está mais distante. A inteligência artificial (IA), inclusive, tem ajudado e se tornou uma aliada valiosa na medicina, revolucionando a maneira como profissionais da saúde tratam e diagnosticam doenças.
Quem explica é o médico nutrólogo e intensivista José Israel Sanchez Robles, que garante que a inteligência artificial já está fazendo a diferença na medicina. “As IAs envolvem o uso de algoritmos e sistemas de computador para analisar dados médicos, como exames de imagem, histórico de pacientes e informações clínicas. Isso permite que os médicos tomem decisões mais informadas e personalizadas”, diz ele.
O especialista continua e afirma que as inteligências artificiais têm a capacidade de processar e analisar um volume substancial de dados médicos em espaços de tempo significativamente reduzidos, possibilitando a identificação de padrões que, muitas vezes, são imperceptíveis à análise humana. “Isso facilita o reconhecimento precoce de diversas patologias, incluindo casos de câncer e afecções cardíacas, otimizando assim a assertividade diagnóstica e ampliando as perspectivas de tratamentos bem-sucedidos”, completa.
Com base nos dados do paciente, a inteligência artificial pode recomendar, por exemplo, tratamentos personalizados, considerando fatores como histórico médico, genética e resposta a terapias anteriores. Isso ajuda a otimizar os resultados do tratamento.
E ainda há as tecnologias vestíveis, também conhecidas como “wearables”, que têm se consolidado como ferramentas indispensáveis na promoção da saúde e bem-estar individual. Esses dispositivos, que são capazes de monitorar desde o número de passos dados até a realização de eletrocardiogramas, vêm se tornando cada vez mais sofisticados, oferecendo uma gama crescente de funcionalidades que auxiliam no acompanhamento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão.
“Esse avanço na tecnologia wearable não só estimula uma cultura de autocuidado e autoconhecimento, como também se configura como um aliado poderoso dos profissionais da saúde, proporcionando a eles acessos a informações detalhadas e insights valiosos para a tomada de decisões conscientes e baseadas em dados concretos no que tange ao tratamento dos pacientes”, reforça José Israel.
É importante salientar, no entanto, que apesar das inúmeras vantagens trazidas pela inteligência artificial na potencialização dos recursos oferecidos pelos wearables, ela não detém a capacidade de substituir a atuação médica, mas sim de complementá-la, funcionando como um recurso de apoio inestimável.
“Encontramo-nos em um momento de revolução na prática médica, onde os avanços tecnológicos têm pavimentado o caminho para diagnósticos mais acurados e tratamentos mais eficazes. Com a evolução contínua desta tecnologia, antevê-se uma melhoria sustentada na qualidade do cuidado à saúde, guiando-nos rumo a um horizonte onde o bem-estar e a longevidade são alcançáveis de forma cada vez mais democrática e personalizada”, afirma o Dr.
“Estamos no limiar de uma nova era médica, onde a fusão de dados e tecnologia estão trabalhando sinergicamente para elevar a saúde e o bem-estar dos pacientes a patamares inéditos. Mesmo estando ainda no princípio dessa revolução, já vislumbramos uma trajetória de inovações vibrantes que têm o poder de reformular os métodos de diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças”, conclui o médico, dizendo que estamos em um “período sem precedentes, com a ciência e a medicina unindo-se de maneiras inspiradoras e inovadoras, acenando para um futuro de descobertas e cuidados mais eficientes e personalizados na área da saúde”.