Após polêmica, o Instituto AOCP, responsável pelo concurso público para escrivão da Polícia Civil de Goiás (PCGO), anulou a questão da prova que chamava policiais militares de “milicianos”. Segundo o instituto, a decisão de anulação foi porque o enunciado foi inadequado para as forças de segurança considerando o sentido que o termo tem atualmente.
Na questão, a pergunta partia de um delegado de polícia durante um plantão noturno que recebeu um preso em flagrante por crime ambiental. Ao citar os militares como “milicianos”, o investigador iniciou o interrogatório da pessoa capturada. Ao longo do texto, os militares são chamados como “milicianos” pela segunda vez.
Na ocasião o uso da palavra provou polêmica e fez a PMGO soltar uma nota de repúdio.
“Nos ofendem gratuitamente, e devem, ao mínimo, uma severa retratação. Isso, entretanto, não eximirá a busca do caminho judicial, para que não mais subjuguem não só a PMGO, mas todos aqueles, policiais militares homens e mulheres, que pelo país afora, prestam serviços com seu próprio suor e sangue em benefício da preservação da ordem pública”, escreveu em nota o coronel André Henrique.
Também em nota, o Instituto AOCP lamentou que o elaborador tenha utilizado “termo inapropriado”, “embora a palavra ‘milícia’ seja utilizada nos dicionários de língua portuguesa para denominar o conjunto de forças militares, tropa ou organização militar – o significado adotado pela banca foi usado, inclusive, em acórdãos expedidos recentemente pelo Poder Judiciário de Goiás”.
“Apesar das definições da língua, o Instituto AOCP pede desculpas à Polícia Militar do Estado de Goiás e demais organizações policiais, militares e de segurança pública. Atuamos em diversos concursos da área de segurança pública em todo o território nacional, incluindo a Polícia Militar de outros estados, e temos respeito e admiração pelo trabalho exercido por esses profissionais”, diz nota.
portanto, na última semana, o Instituto AOCP comunicou aos candidatos que em relação aos recursos interpostos, “a questão será anulada por trazer contextualização e termo inadequados para o ambiente das forças de segurança.
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