O Seconci Goiás, na sua sede em Goiânia, implanta uma mini-usina fotovoltaica. Geração de energia será suficiente para suprir consumo da entidade, que oferece diversos serviços na área de medicina, segurança do trabalho e assistência social. Goiás possui um grande potencial, pois está dentro do chamado cinturão do sol
Numa época em que o risco de um colapso em relação ao uso dos recursos naturais parece estar cada vez mais próximo, o discurso de um consumo consciente e sustentável tem deixado de estar presente só entre os ambientalistas e virado uma preocupação diária das pessoas e empresas. Por isso o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em 2009, instituiu no Brasil a data de 15 de outubro como o Dia do Consumo Consciente, para despertar na sociedade a atenção à questão socioambiental.
E nesse crescente debate sobre a necessidade de se preservar os recursos naturais, o consumo de energia elétrica recebe especial atenção dos especialistas, principalmente pelos impactos econômicos que pode trazer. Sendo assim, o uso de matriz energética de fontes renováveis tem aumentado a cada dia, seja em grandes ou pequenas escalas. Nesse sentido, a captação da energia solar para geração de eletricidade vem crescendo a passo largos. No Brasil, os investimentos nesta forma de geração de energia, entre junho de 2017 e junho deste ano, cresceu 1.300%, segundo dados do Ministério de Minas e Energia. Segundo informações do Atlas Solarimétrico Brasileiro, praticamente todo o Estado de Goiás está localizado no chamado “cinturão do Sol”, ou seja, faz parte de uma das regiões com o melhor potencial para geração de energia solar no Brasil.
Em Goiânia, o Seconci Goiás (Serviço Social da Indústria da Construção no Estado de Goiás) resolveu aproveitar esse enorme potencial e implantou em sua sede no Jardim América, em Goiânia, uma mini-usina fotovoltaica. O sistema é composto por 200 módulos fotovoltaicos de silício policristalino, cuja potência é de 270 WP, visando contribuir para a preservação do meio ambiente, produzindo energia limpa para seu consumo. O sistema, que começou a ser implantado há cerca de cinco meses, deve entrar em operação nesta semana. A organização aguarda somente a interligação com o medidor bidirecional do sistema da Enel que possibilitará, conforme a Resolução Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) nº 482/2012, a mini e microgeração distribuída, ou seja, a energia excedente gerada pela central fotovoltaica será inserida na rede da concessionária elétrica, retornando como crédito na conta da instituição.
O presidente do Seconci Goiás, Célio Eustáquio de Moura, informa que o foco da iniciativa é a sustentabilidade, tanto econômica quanto do meio ambiente. “Essa atitude nossa vai proporcionar economia financeira, mas também vai poupar recursos naturais do planeta, pois a energia solar é renovável e não causa poluição”, declara.
Tarifa mínima
O objetivo, segundo Célio Eustáquio, é produzir energia suficiente para o uso na instituição e o excedente será inserido na rede da Enel. “Com a produção que planejamos, devemos pagar no final do mês apenas a tarifa mínima para a concessionária de energia”, afirma. De acordo com o presidente do Seconci Goiás, todo o investimento feito vai ser pago em menos de três anos.
Além da instalação das placas para produção da energia solar fotovoltaica, o Seconci Goiás desenvolve diversas atividades que visam contribuir com a questão energética. “Estamos desenvolvendo um projeto de eficiência energética que será submetido à Enel em breve. Além disso, já substituímos parte das nossas lâmpadas por LEDs, que auxilia na redução do consumo e ainda orientamos todos os nossos colaboradores para o consumo consciente com ações práticas no dia-a-dia, como desligar as lâmpadas ao se retirar do ambiente, fazer uso responsável do ar-condicionado, etc.” revelou.
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