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Cidades
| Em 7 meses atrás

Influencer conta como perdeu o olho na infância ao abrir um ovo de Páscoa e faz alerta aos pais

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Aos 4 anos, o influenciador digital de Goiânia Raiky Moura perdeu o olho direito na Sexta-feira Santa de 1999. Inocente, ele foi durante a noite tentar abrir o ovo de Páscoa que tinha ganhado com uma faca, que escapou de sua mão em direção ao olho. Raiky passou por sete cirurgias para tentar recuperar a visão, mas o dano foi irreversível.

Atualmente, o influenciador digital compartilha de forma leve e bem humorada em suas redes sociais mensagens sobre autoaceitação. “Eu poderia ser um cara cabisbaixo na vida, mas Jesus está em meu coração. Ao invés de reclamar pela falta de um olho, eu vivo em agradecimento por ter o outro que me permite enxergar as coisas”, compartilhou com seus seguidores.

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Raiky relembra que na época seus pais tentaram todas alternativas possíveis para que ele recuperasse a visão, mas não foi possível pois a retina, responsável por permitir que o cérebro entenda o que vê, foi rasgada com o acidente. “Meus pais não tinham plano de saúde e venderam tudo o que tinham, carro, casa, tudo o que eles podiam ter venderam para pagar as cirurgias. Só quando o médico falou que não tem mais volta, eles desistiram”, explicou.

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Meu pai perguntou para o médico se podia tirar o olho dele pra colocar em mim.

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Raiky Moura

Moura reconhece que os pais não tiveram culpa pelo ocorrido e faz um alerta aos pais para os acidentes domésticos envolvendo crianças que geralmente ocorrem num momento de desatenção dos responsáveis. “Se você quer privar seu filho de que alguma coisa aconteça, você tem que vigiar 24 horas. Aqui no caso, foi questão de segundos de desatenção”.

O pediatra Márcio Nehab, do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) explica que para evitar acidentes domésticos é preciso manter facas, garfos e objetos cortantes, como tesouras, em gavetas com travas de segurança e fora do alcance de crianças.

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Para Raiky, a dor de ter perdido o olho foi “a pior dor que senti na minha vida. Além de física, emocional”. E hoje, com mais de 100 mil seguidores, ele compartilha que acidentes acontecem e que “o respeito vem quando você começa a ter orgulho de suas lutas, cicatrizes! Pare de se vitimizar, pare de se esconder! Mostre para o mundo quem você é e as coisas vão fluir”.

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Elysia Cardoso

Jornalista formada pela Uni Araguaia em 2019