16 de dezembro de 2024
Destaque • atualizado em 21/08/2021 às 18:50

Infectologista faz avaliação sobre o futuro da pandemia em Goiás: “o vírus veio para ficar”

Médico infectologista - Marcelo Daher. (Foto: Divulgação / DG)
Médico infectologista - Marcelo Daher. (Foto: Divulgação / DG)

O médico infectologista Marcelo Daher, conversou com o jornalista Domingos Ketelbey do Diário de Goiás, na última sexta-feira (20) e fez uma avaliação de como será o futuro da pandemia em Goiás com o avanço da vacinação no estado. De acordo com o médico ”vamos ter que conviver com a doença”.

”Nós vamos sair da pandemia. O vírus depois de um tempo, a gente aprende a lidar com ele, e o vírus também aprende a escapar um pouco do sistema de defesa, mas ele passa a não ser tão danoso assim. A gente vai precisar aprender a conviver com a doença, provavelmente teremos uma doença matando menos pessoas por conta da vacinação. Mas o vírus veio para ficar”, explica o médico.

O infectologista explica também a diferença das variantes que surgem a cada confirmação positiva. Conforme explica, a variante gama plus, já identificada em Goiás, é uma modificação que se aproxima da delta, esta é mais parecida com a delta, segundo Marcelo Daher. ” Essas variantes são mutações que o vírus faz para infectar mais facilmente a outra pessoa, e isso é natural do vírus, ou seja, ele vai se ajustando, se multiplicando para infectar mais facilmente as pessoas”, explica.

Marcelo também avalia o aceleramento da vacinação em Goiás. Em sua opinião, hoje a vacina virou uma ” corrida pela a vacina. A coisa ficou política do que técnica”, diz o médico fazendo referência sobre os municípios reduzir a faixa etária ”primeiro” que o outro.

”Na parte organizacional a gente vê que foi uma série de atropelos. O Programa Nacional de Imunização (PNI) , foi quase que desmontado. A gente teve avanço, as vacinas chegaram, estão sendo feitas, mas a gente tem retrocesso ao relação o que é o PNI”, destaca.

Para o médico, é necessário uma coordenação estadual forte que voltem os poderes para estas instituições para que possa organizar, porque segundo ele, não pode ser dessa maneira. ”Não é que a vacinação seja importante, lógico que é, quanto mais rápido se vacinar, mais uniforme for, melhor. Por exemplo, se está faltando vacina na cidade de Iporá e sobrando em Abadiânia, o correto é que a vacina vá para Iporá e não para Abadiânia”, ressalta o médico.


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