Um levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz revelou que o índice de esclarecimento de homicídios em Goiás é superior ao dobro da média nacional, com base em dados de 2022. Na solução de crimes de assassinato, o Estado é o segundo no ranking do país, com elucidação de 86% dos crimes desse tipo.
O índice foi divulgado no relatório “Onde mora a impunidade?”, lançado na última segunda-feira (11). A pesquisa apontou que a média nacional de elucidação de crimes de homicídio chegou a 39%, menos da metade alcançada em Goiás.
O levantamento foi realizado com base em dados requisitados e disponibilizados pelos Ministérios Públicos e Tribunais de Justiça de todos os estados brasileiros por meio da Lei de Acesso à Informação. A pesquisa contabilizou um total de 22.880 homicídios dolosos ocorridos em 2022, dos quais 8.919 resultaram em denúncias criminais até dezembro de 2023.
No levantamento foram analisados dados fornecidos por 18 estados, sendo 13 advindos de Ministérios Públicos e cinco de Tribunais de Justiça. Nove estados ficaram de fora do cálculo devido a dados incompletos, que incluíam a ausência da data do homicídio ou um percentual superior a 20% de processos sem essa informação.
Dados de Goiás
Conforme o relatório, em 2022, Goiás registrou 975 denúncias para um total de 1.136 homicídios ocorridos naquele ano. O desempenho colocou o Estado em posição de destaque no cenário nacional, ficando atrás apenas do Distrito Federal entre os mais eficientes na resolução desse tipo de crime. O Mato Grosso do Sul ficou em terceiro lugar, com 71%. Por último ficou a Bahia, com apenas 15%, menor índice.
O resultado de Goiás o colocou como classificação “Alta” no índice de esclarecimento calculado pelo Instituto. De acordo com os dados apresentados, no Estado 60% dos homicídios dolosos consumados em 2022 foram denunciados no mesmo ano; outros 26% foram oferecidos no ano seguinte. Apenas 14% dos casos permaneceram sem denúncia até o final de 2023.
O governador Ronaldo Caiado afirmou que o resultado é fruto do investimento na capacitação das forças policiais goianas. “Investimos muito em estrutura, capacitação, inteligência, e demos autonomia para os nossos policiais trabalharem. O resultado está aí”, declarou.
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