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| Em 4 anos atrás

Impacto do Marco Legal do Saneamento em Goiás é debatido em webinar, pela Fieg

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A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), por meio do Conselho Temático de Infraestrutura (Coinfra), liderado pelo empresário Célio Eustáquio de Moura, promoveu, nesta quinta-feira (27), o webinar Impactos Econômicos da Universalização do Saneamento Básico em Goiás. 

Realizada de forma virtual, a reunião contou com participação do presidente da Fieg, Sandro Mabel, do diretor executivo da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Percy Soares Neto, e do presidente do Sindicato da Indústria da Construção no Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Cézar Mortari, e  ainda com a palestra da economista e superintendente técnica da Abcon, Ilana Ferreira, reuniu especialistas e empreendedores do setor.

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De acordo com dados levantados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), 100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta de esgoto, sendo que mais de 30 milhões sequer contam com abastecimento de água em casa. Paralelamente, estudo da Abcon estima que, a cada R$ 1,00 investido em saneamento básico, são gerados R$ 2,80 em benefícios econômicos.

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“Atentos a esse potencial de investimentos, trouxemos o debate à tona. Queremos apresentar as possibilidades de negócios que o setor tem em Goiás e engajar toda cadeia de atividades envolvida”, afirmou o presidente do Coinfra, Célio Eustáquio de Moura.

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De acordo com Ilana Ferreira, Goiás precisa atingir um volume de investimentos na casa de R$ 1,6 bilhão ao ano para universalização dos serviços de abastecimento de água até 2033. Em contrapartida, em 2019, os investimentos no setor chegaram apenas aos R$ 402 milhões.

“Hoje, temos um índice elevado de população atendida por abastecimento de água em Goiás, mas no âmbito de esgotamento sanitário a situação é preocupante. O Estado tem apresentado média inferior à nacional quanto aos investimentos para universalização do serviço”, disse a economista ao explicar a importância do Estado estabelecer parcerias com a iniciativa privada para avanço dos investimentos no setor.

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Segundo Ilana, são estimados R$ 24 bilhões de investimentos em saneamento básico em Goiás. O impacto na economia pode chegar a quase R$ 40 bilhões, desenvolvendo regiões, incentivando a produção de insumos e promovendo a cadeia industrial, de comércio e serviços dos municípios. “Só na construção civil, o impacto será de R$ 18 bilhões. O efeito dos investimentos é multiplicador, trazendo enormes benefícios econômicos e sociais”.

A opinião é compartilhada pelo economista Cláudio Frischtak, que acompanhou o webinar. Para ele, a legislação do Novo Marco do Saneamento é a mais importante do setor desde a década de 70 e tem poder transformador para o País e Estados. “É uma das principais legislações aprovadas pelo Congresso nas últimas décadas, sobretudo pelo choque de bem-estar que promove na sociedade. É um choque de investimento, que dinamiza a economia em curto e médio prazo e, no longo prazo, proporciona bem-estar para as famílias goianas que não têm acesso ao serviço”, disse. Frischtak é fundador da consultoria internacional de negócios Inter.B e um dos responsáveis pela área de indústria e energia do Banco Mundial durante sete anos. 

O diretor executivo da Abcon, Percy Soares Neto, destacou a importância da Federação das Indústrias liderar esse diálogo com o Estado e municípios. “O engajamento da Fieg é fundamental, inclusive alertando o Estado sobre os prazos para consolidação do Marco Legal em Goiás. Essa interlocução vai criar condições para que os investimentos aconteçam, sobretudo para a busca da parceria com a iniciativa privada, considerando a capacidade limitada do Estado para realizar os investimentos necessários”.

O presidente da Fieg, Sandro Mabel, reafirmou a disposição da entidade em mobilizar o setor industrial em torno do debate. “Queremos fazer acontecer e entendemos a importância de tais investimentos para o desenvolvimento econômico e social de Goiás. A Fieg está 100% engajada”, afirmou. Sandro Mabel destacou ainda o protagonismo na economia goiana da construção civil, setor fundamental para concretização dos investimentos esperados com o Marco Legal do Saneamento. “A construção civil é responsável por 25% do PIB industrial de Goiás e gera milhares de postos de trabalho em todo o Estado”.

Cézar Mortari, presidente do Sinduscon Goiás, acompanhou as discussões e assegurou que Goiás possui empresas com capacidade técnica para executar os projetos esperados na área de saneamento. Entretanto, alertou para a importância da melhoria do ambiente de negócios, principalmente considerando a Lei de Licitações, que precisa ser aprovada de forma correta, com critérios de preço e técnica obedecidos, além de observar questões ambientais que impactam no certame. 

“A questão pública precisa ser resolvida para termos os reflexos positivos, com melhoria do ambiente de negócios, para de fato aproveitarmos todas as oportunidades que o marco legal proporciona”. O webinar Impactos Econômicos da Universalização do Saneamento Básico em Goiás foi acompanhado por cerca de 50 empresários, representantes de entidades classistas, gestores municipais e profissionais que atuam no setor.

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