O ex-candidato à Presidência da República, Padre Kelmon (PTB), foi desligado pela Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil. A informação foi divulgada em nota, via rede social, pela Igreja, informando que o Padre foi desencardinado do clero e teve a provisão cancelada.
De acordo com o Portal UOL, em outubro deste ano, o Projeto Comprova confirmou que Padre Kelmon, que chegou a ser chamado de “padre de festa junina” no debate presidencial na TV Globo tinha ligação com a Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil.
Após o debate, a cena virou meme, e Kelmon, também chamado de “candidato padre”, ficou conhecido por apoiar explicitamente o presidente Jair Bolsonaro (PL) e ser considerado falso padre. O candidato à presidência pelo PTB ficou em 7º lugar na disputa presidencial de 2022, recebendo apenas 81.129 votos.
Desde a última quinta-feira (15), data em que a nota foi divulgada, Padre Kelmon está proibido de ministrar sacramentos, e não poderá falar em nome da Igreja Ortodoxa do Peru. Conforme a nota, assinada pelo Mor Francisco Ángel Ernesto Móran Vidal, que é arcebispo metropolitano no Peru e representa a autoridade máxima da Igreja Ortodoxa no Peru, o padre estaria demitido de sua função e desvinculado da Igreja.
Além da autoridade no Peru, o representante da Igreja no Brasil, o Mons. Miguel, também conhecido como Phellype Thiago Martins, vigário episcopal no Brasil, também assina a nota oficial. O documento completo diz que:
“Decidimos canceladar a Provisão 0025/21 conferida ao Pe.Kelmon Luis da Silva. Também informamos que decidimos desencardinar do clero o Pe.Kelmon Luis da Silva e também o Pe.Lucas Soares Chagas. Dessa forma, os mesmos ficam proibidos de ministrar os sacramentos e de falar em nome da Igreja Ortodoxa do Peru-Tradição canônica Síro Ortodoxa Malankara Indiana. Tudo que ligares na terra será ligado no céu, mas aquilo que desligarem na terra será desligado no céu. (Mateus 16:19)”.
Confira abaixo a publicação oficial:
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