Nos primeiros sete meses de 2024, o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) já registrou 3.339 atendimentos à vítimas de acidentes de trânsito. A unidade especializada em urgência e emergência alerta os motoristas para o cuidado nas ruas e chama atenção para os números alarmantes.
Dentre os atendimentos à vítimas de acidentes de trânsito, a maioria dos registros é relacionado a acidentes de moto. No primeiro semestre do ano foram 2.111 vítimas de colisões envolvendo motos. Já em relação a vítimas de acidente de carro, foram 894 atendimentos e, de atropelamentos envolvendo pedestres, foram 334.
De acordo com o Gerente Médico de Governança Clínica, Dr. Fabrício Cardoso Leão, chama atenção para os acidentes de moto, que são uma parcela significativa nos atendimentos do Hugol e, muitas vezes, causam danos permanentes aos pacientes. “Esses pacientes sofrem normalmente fraturas graves, com lesões que podem gerar sequelas permanentes e até irreversíveis. Daí a importância de uma equipe especializada e completa, já que o acompanhamento desse paciente em consultas de rotina pode durar meses”, explicou.
O médico ortopedista conta ainda que o perfil das vítimas de acidentes motociclísticos vem mudando com tempo. “Nós passamos por uma mudança no perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de acidentes motociclísticos. Anteriormente, as principais vítimas eram pacientes jovens, do sexo masculino. Hoje, nós vivenciamos uma mudança significativa nesse perfil, onde pacientes do sexo feminino e até idosos estão sendo vítimas de acidentes motociclísticos”, disse Fabrício.
De acordo com dados do Detran Goiás, o trânsito no estado está mais violento, com aumento considerável do número de vítimas fatais. No primeiro semestre de 2024 foram 523 mortes no trânsito, sendo 76 a mais do que o contabilizado no mesmo período do ano passado, quando 447 pessoas perderam a vida por conta de acidentes.
O levantamento do Detran ainda mostrou que, de janeiro a junho deste ano, ocorreram 53.083 acidentes no estado, enquanto que, de janeiro a junho de 2024, foram registradas 48.901 ocorrências. Uma queda de 7,8%. Somente na capital foram 17.848 acidentes, com redução de 5,9% em comparação ao ano passado.