O Hospital Municipal Alfredo Abrahão, em Anápolis, será inaugurado oficialmente nesta terça-feira (9). Depois de um imbróglio envolvendo a gestão pela Organização Social, a prefeitura confirmou a inauguração.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), serão 75 leitos, sendo 10 de UTI e três centros cirúrgicos para atendimentos de urgência e emergência em ortopedia, traumatologia e cirurgias, além da realização de consultas ambulatoriais e cirurgias eletivas em várias especialidades.
São mais de 3 mil metros quadrados de área construída. O hospital passa a ser referência em cirurgias de urgência e emergência e também eletivas, com estimativa inicial de 200 cirurgias por mês. Na parte ambulatorial, a previsão é de mais de 5 mil consultas por mês. Estes atendimentos serão feitos via regulação municipal.
O projeto do novo hospital surgiu com a reestruturação da saúde em novembro de 2018, quando o então Cais Progresso foi desativado – devido às questões estruturais e sanitárias. Mesmo durante a pandemia da covid-19, a obra seguiu em frente e está pronta para atender toda a população de Anápolis. Uma parte do hospital foi utilizada, inclusive, para ampliação dos leitos municipais de UTI no enfrentamento à pandemia.
Para funcionamento pleno e emergencial, foi feito o credenciamento de Organização Social para a gestão do hospital. A Associação Beneficente João Paulo II, de Pernambuco, fica responsável por gerira aunidade.
O processo de credenciamento foi alvo do Ministério Público de Contas de Goiás (MPC), que é vinculado ao Tribunal de Contas dos Municípios. O procurador José Américo da Costa Júnior também afirmou que poderia haver “ilegítimos acertos prévios entre os agentes públicos e a organização contratada”, uma vez a OS ofereceu o valor que a prefeitura reservou para operação do hospital.
A inauguração, prevista para 1 de novembro, chegou a ser adiada pelo TCM.
O acordo entre a Associação João Paulo II e a prefeitura previa o repasse de R$ 18 milhões. O período inicial do contrato é de seis meses, com possibilidade de prorrogação.
O valor, como aponta o MPC, corresponde a 10% do orçamento total para a saúde no ano passado.