11 de agosto de 2024
Inquérito concluído

Homem que atirou em Lucas Valença agiu em legítima defesa, diz polícia

Homem foi morto em 2 de março, depois de um surto psicótico em cidade no nordeste de Goiás
Lucas Valença ganhou fama após prender Eduardo Cunha. (Foto: Reprodução/Redes sociais)
Lucas Valença ganhou fama após prender Eduardo Cunha. (Foto: Reprodução/Redes sociais)

O homem que disparou contra o policial federal Lucas Valença, conhecido como ‘hipster da federal’, agiu em legítima defesa, segundo a Polícia Civil. O inquérito que investigava a morte do agente foi concluído nesta quarta-feira (13) e apresentado à imprensa.

Em 2 de março, quando Valença foi morto, o homem chegou a ser preso em flagrante, mas foi liberado após pagar fiança. Ele foi indiciado por posse ilegal de arma de fogo.

De acordo com a polícia, o ‘hipster da Federal’ teve um surto psicótico e atacou a residência do homem. O caso aconteceu no dia 2 de março e ele acabou levando um tiro na barriga, apesar dos avisos do dono da casa de que estava armado e iria atirar.

Ajuda dos amigos

Antes de ser morto em Buritinópolis, no nordeste de Goiás, o policial federal Lucas Valença, conhecido como ‘hipster da Federal’, teve ajuda dos amigos por 12 horas depois de um surto psicótico. Eles, inclusive, tentaram levá-lo a uma clínica.

Depois que três policiais federais, colegas de Valença, insistiram para que ele fosse a uma clínica, o homem acabou indo a uma propriedade rural e foi baleado.

“Ele teria feito ameaças de morte, saído do carro, corrido pela rodovia, e eles tentaram (ajudá-lo), mas viram que não tinham outra escolha senão atender o pedido dele, que era de voltar para a chácara”, disse o delegado Alex Rodrigues. Ele acrescentou que os colegas estiveram com Valença entre 14h e 22h.

. De acordo com a Polícia Civil, Valença foi deixado pelos amigos em frente ao condomínio de chácaras onde ficava a propriedade da família. Ele caminhou 1,5 km até chegar à casa que acabou morto. O relatório aponta que ele estava em na chácara no momento em que um cachorro recém-adotado brigou com outro cão que já morava na propriedade. Ele então chutou este animal e iniciou um surto agressivo.

O inquérito aponta que, depois disso, Valença danificou a casa da chácara, estava transtornado e proferindo xingamentos e ameaças. Ele teria, inclusive, quebrado um padrão de energia da residência de outro homem e arrombado a porta de acesso ao imóvel.

Foi aí que o autor do disparo avisou que estava armado e atiraria. O policial, porém, invadiu a casa e foi baleado.

O delegado disse ainda que Valença tinha uma submetralhadora e duas pistolas, que foram retiradas dele pelos amigos no dia da morte. O policial federal vinha fazendo um tratamento contra depressão e, até então, não havia apresentado um surto.


Leia mais sobre: Cidades

Comentários