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Notícias do Estado
| Em 3 meses atrás

HGG promove mutirão para realização de cirurgias de endometriose

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O mutirão do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) realizará cirurgias eletivas para tratamento da endometriose. A previsão é de execução de 17 cirurgias a serem feitas durante o mês de agosto, até início de setembro. O objetivo é reduzir a fila de espera pelo procedimento pela rede estadual de saúde.

Para realizar o mutirão, o hospital vai contar com o trabalho em conjunto das equipes de ginecologia e cirurgia do aparelho digestivo. Conforme a organização, quatro pacientes já passaram pelos procedimentos, duas delas na semana passada.

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O HGG destaca que as cirurgias serão feitas por meio de videolaparoscopia, técnica que utiliza câmeras introduzidas no abdômen do paciente. O método cirúrgico, considerado um dos mais modernos, consiste em pequenas incisões, em vez de grandes cortes, o que resulta em menor trauma para o paciente, propiciando uma recuperação mais rápida, reduzindo o tempo de internação hospitalar e permitindo que o paciente retorne às suas atividades normais mais rapidamente.

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O que é endometriose?

A endometriose é uma doença crônica, caracterizada por um processo inflamatório que costuma estar associado com dores limitantes e infertilidade em mulheres em idade reprodutiva. O médico Eduardo Pontes, supervisor da residência de endoscopia ginecológica do HGG, explica que a endometriose é a presença de endométrio, ou seja, de tecido que reveste o útero internamente, fora da cavidade uterina.

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A condição é considerada uma doença da mulher moderna, que engravida tardiamente, amamenta pouco e tem número excessivo de fluxos menstruais ao longo da vida, associado a fatores genéticos, ao estresse e à exposição a poluentes que comprometem o funcionamento do sistema imunológico.

De acordo com o médico, a endometriose pode ser causada por múltiplos fatores. “A menstruação retrógrada e o sistema imunológico deficiente são as causas mais consideradas atualmente. A menstruação retrógrada ocorre quando o sangue menstrual, ao invés de ser eliminado apenas pela vagina, reflui através das trompas uterinas e alcança os órgãos da parte interna da pelve”, explica.

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“Esse conteúdo endometrial, na ausência de uma boa ação do sistema imunológico, pode aderir aos ovários, a parede da vagina, ao intestino e outros, levando a um processo inflamatório e a outras complicações na região, o que justifica a dor pélvica e a dificuldade para engravidar”, acrescenta o médico.

Tratamento

Eduardo Pontes reforça que o tratamento mais frequentemente realizado é o medicamentoso, com uso de hormônios que levam à redução dos focos de endometriose.“Quando o tratamento clínico falha ou existem lesões volumosas ou que obstruem órgãos, como o intestino e o ureter, o tratamento cirúrgico é realizado”, pontua o médico.

Conforme o especialista, a cirurgia não costuma ser um procedimento complexo e a recuperação, geralmente, é tranquila. “É uma cirurgia delicada, no entanto, sem grandes riscos para as pacientes. A gente estima que as mulheres que passarão por este procedimento aqui no HGG ficarão internadas por, no máximo dois dias e, em até 20 dias, poderão realizar suas tarefas habituais”, disse.

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Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.