O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) é o primeiro e único hospital público do Estado de Goiás a realizar um procedimento específico para hipertensão pulmonar. Os médicos da unidade receberam capacitação de especialistas vindos da Bahia para realizarem o procedimento chamado de angioplastia pulmonar por balão.
A habilitação dos profissionais do Serviço de Hemodinâmica Intervencionista do HGG ocorreu após capacitação em tratamento multimodal de Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crônica (HPTEC), ministrada pelo cardiologista intervencionista Fábio Solano, do Hospital Universitário Professor Edgard Santos, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A ação, voltada para médicos e residentes, contou com aula teórica, apresentação de conceitos e demonstrações práticas de técnicas para esse tipo de cirurgia.
Durante o treinamento, o especialista realizou duas cirurgias que exemplificaram o funcionamento da angioplastia pulmonar por balão. Os procedimentos foram acompanhados por médicos do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Goiás (UFG), que conta com ambulatório para manejo de pacientes com hipertensão pulmonar.
Nova chance aos pacientes
O cardiologista Fábio Solano é referência nacional no procedimento. De acordo com o médico, a angioplastia pulmonar por balão concede maior qualidade de vida aos pacientes. “É uma opção de tratamento para pacientes que anteriormente não tinham opção e ficavam só com tratamento medicamentoso. O procedimento que nós trabalhamos abre portas para um tratamento alternativo. Significa uma melhora clínica e de qualidade de vida, o que estes pacientes hoje não têm”, explicou Solano.
A angioplastia pulmonar por balão é feita por meio de cateterismo cardíaco em pacientes com hipertensão pulmonar tromboembólica causada por coágulos de sangue. Os tais coágulos provocam a obstrução de parte dos vasos sanguíneos, dificultando a circulação do sangue nos pulmões e causando falta de ar.
Ainda são poucos os hospitais de referência em tratamento de hipertensão pulmonar no país que realizam o procedimento. Até então, somente Minas Gerais, Bahia e São Paulo ofereciam o serviço pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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