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| Em 4 meses atrás

Hemeroteca do IHGG oferece acesso gratuito a 8 mil edições de 105 jornais e revistas sobre Goiás

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A Hemeroteca digital do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG) está se tornando o maior acervo jornalístico digital sobre a história de Goiás com 8.127 edições disponíveis gratuitamente. Até setembro próximo, por exemplo, deve ter sido totalmente digitalizado o acervo do jornal Diário da Manhã (DM) até o ano de 1995 – hoje ele já chega a 1993 na Hemeroteca do IHGG.

As hemerotecas são setores que abrigam coleções de jornais, revistas, periódicos e obras em série. Sendo digital, a preservação do acervo é mantida e o acesso a muito mais pessoas é possível.

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O DM é um dos veículos que disponibilizaram suas edições impressas para dar acesso às publicações físicas desde 1959, quando ele se chamava jornal 5 de Março, até 2010, quando iniciou edições virtuais. O acervo foi doado pelo fundador do DM, o falecido jornalista Batista Custódio.

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Maior acervo digitalizado

“O acervo da Hemeroteca do IHGG é único e se tornou o maior sobre a história de Goiás já digitalizado”, destaca o presidente do instituto, Jales Guedes Mendonça, que também é promotor de Justiça. A avaliação, segundo ele, foi feita pela especialista em história do Jornalismo, Rosana Borges, professora da Universidade Federal de Goiás (UFG).

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O material disponibilizado incluiu muitos jornais raros. É o caso de O Mosquito que circulou em Catalão na década de 1920, e também do Democrata – de Antônio Ramos Caiado, conhecido como Totó Caiado, avô do governador Ronaldo Caiado -, e que circulou em 1940, na primeira capital, a cidade de Goiás.

Só da cidade de Goiás, estão disponíveis 18 jornais ou revistas na Hemeroteca. De Goiânia são 28 e de Catalão 15. Em Catalão, relata Jales, “um pesquisador informou que nem o acervo público municipal tem tantas edições de jornais locais quantas ele encontrou na Hemeroteca do IHGG”.

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Existem publicações arquivadas de 32 cidades, das quais 25 são goianas. As outras são Pium (TO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Uberlândia (MG).

Também fazem parte do acervo números iniciais da “Revista de Educação” (1937), que foi a primeira do gênero em Goiás, e da “Revista Goiana de Jurisprudência e Legislação” (1939) do Tribunal de Justiça. Além delas, o exemplar número 1 da “Revista do IHGG” (1940).

Dois manuscritos, cartas originais da princesa Isabel, dirigidas ao pai, Dom Pedro II, em 1868, também estão disponíveis no acervo do IHGG.

O trabalho de digitalização e dar acesso ao acervo tem sido desenvolvido pela associação responsável pelo IHGG. Conforme explica o presidente, os recursos são obtidos em parcerias e apoio de empresas.

Espaço virou ponto de cultura, gastronomia, turismo e ensino

Ele enfatiza que o espaço se tornou ponto de cultura com exposições importantes; gastronomia (café e restaurante); turismo; e educação, com visitas programadas de mais de 2 mil estudantes.

Localizado na Praça Cívica, no Centro, o instituto é depositário de um acervo diversificado, composto de fotografias, fitas de vídeo, obras de arte, CDs, documentos manuscritos históricos, livros, revistas, folhetos, medalhas, e objetos pessoais de grandes personalidades goianas. Entre os documentos mais importantes está a primeira Constituição do Estado de Goiás.

Nota da reportagem

Recentemente, duas reportagens publicadas pelo Diário de Goiás se fundamentaram em diversas publicações disponibilizadas pela Hemeroteca Nacional e pela Hemeroteca do IHGG. O acervo permitiu compreender os cenários de dois fatos marcantes da história goianiense, contemplando os noticiários da época, entre outros documentos e depoimentos.

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Marília Assunção

Jornalista formada pela Universidade Federal de Goiás. Também formada em História pela Universidade Católica de Goiás e pós-graduada em Regulação Econômica de Mercados pela Universidade de Brasília. Repórter de diferentes áreas para os jornais O Popular e Estadão (correspondente). Prêmios de jornalismo: duas edições do Crea/GO, Embratel e Esso em categoria nacional.