Lewis Hamilton devolveu a derrota sofrida para Sebastian Vettel no GP da Austrália. Neste domingo (9), em uma movimentada prova no circuito de Xangai, na China, o inglês da Mercedes fez uma corrida sem sustos e conseguiu uma vitória tranquila. Já o alemão da Ferrari precisou se recuperar para cruzar a linha de chegada na segunda posição. Após largar na sexta colocação, o brasileiro Felipe Massa fez uma prova bastante discreta e encerrou apenas na 14ª colocação, ficando fora da zona de pontuação. A vitória de Hamilton faz com que o Mundial de Pilotos fique empatado. Tanto o inglês quanto Vettel somam 43 pontos, após duas corridas. O próximo confronto entre os dois já tem data e local: o GP do Bahrein, no próximo domingo (16).
Pole position, Hamilton teve vida fácil no GP da China. Com os problemas encontrados por Vettel no início da prova, o inglês abriu uma vantagem controlável para os demais pilotos. O momento de mais tensão foi na volta 36, quando precisou parar nos boxes e ficar de olho se Raikkonen voltaria na frente. O trabalho da Mercedes, porém, foi perfeito e Hamilton retornou à pista com boa distância para o finlandês.
Além da liderança do campeonato, Hamilton conquistou outro feito com a vitória na China. O inglês empatou em número de pódios com Alan Prost: 106, o segundo maior da história – Michael Schumacher lidera com 155.
Desde o GP do Brasil de 2016, Verstappen demonstra que se sente bem em pistas molhadas. Largando na 16ª posição na China, o holandês precisou de apenas seis voltas para assumir o quarto posto. Além de ganhar algumas posições por causa de paradas no boxe, o holandês fez uma série de ultrapassagens logo na largada.
No pelotão da frente, Verstappen ultrapassou as duas Ferraris e passou a ir para cima de Daniel Ricciardo, seu companheiro de equipe. O australiano resistiu até a volta 11, quando o holandês colocou de lado e fez a ultrapassagem.
Com pneu supermacio há 24 voltas, Verstappen acabou errando e sendo ultrapassado na volta 28. O holandês chegou a cair para a quarta posição, mas contou com a necessidade de Raikkonen de fazer mais uma parada para retornar em terceiro. No final, ainda acabou sendo muito pressionado por Ricciardo, mas conseguiu segurar o local no pódio.
Felipe Massa teve uma prova para esquecer na China. Logo na largada, o brasileiro foi ultrapassado por Hulkenberg e, na sequência, perdeu quatro posições. No decorrer da corrida, Massa seguiu com um desempenho bastante fraco, chegando a cair para a 14ª colocação. Com a quebra no carro de Fernando Alonso, Massa chegou a flertar com a zona de pontuação. O dia, porém, não era do brasileiro. A menos de 10 voltas para o final, o brasileiro acabou ultrapassado por Esteban Ocon, com pneus novos, e não encontrou forças para recuperar a 10ª posição. Para piorar, o desgaste do composto fez com que Massa fosse presa fácil para Grosjean. Na sequência, o brasileiro entrou nos boxes e encerrou a prova na 14ª colocação, a penúltima entre os que completaram a prova.
O início de corrida foi complicado para Sebastian Vettel. Logo de cara, o alemão foi perdendo posições e acabou ficando preso atrás do companheiro de equipe, Kimi Raikkonen, que reclamava com a equipe de problemas no motor. Apenas na 20ª volta o tetracampeão conseguiu deixar o finlandês para trás e partir em busca de Daniel Ricciardo.
E foi ao chegar no australiano que o alemão protagonizou a manobra da corrida. Na volta 22, Vettel colocou de lado, tocou roda com roda e ultrapassou Ricciardo, levantando o público presente no circuito de Xangai. No fim, o alemão encerrou a prova na segunda colocação.
A série de ultrapassagens no GP da China chamaram atenção do comentarista Luciano Burti, da “Globo”. Para ele, a dificuldade de conseguir posições nas retas fez com que os pilotos adotassem novas estratégias.
“Tem uma coisa ruim que está gerando uma coisa boa. Os carros não estão muito eficientes em termos de ultrapassagens nas retas. Então o que está acontecendo? Os pilotos estão tendo que se virar em curva e buscar espaço onde não tem. Ou seja, por um lado é bom”.
A decisão de largar com o pneu supermacio mostrou-se acertada para Carlos Sainz. Logo na largada, o espanhol viu todos os carros ultrapassá-lo e caiu para a última colocação. Na sequência, com a dificuldade de controlar o carro com o pneu de pista seca em um asfalto úmido, Sainz acabou escapando e dando um toque no muro. A espera, porém, trouxe recompensa. Com o asfalto secando, os pilotos foram obrigados a ir para o boxe e o espanhol pulou para a sexta colocação. No final, ele completou a prova em sétimo.
Substituto de Pascal Wehrlein, o italiano Antonio Giovinazzi teve um final de semana para esquecer. Depois de bater no final do Q1 na classificação, o número 36 teve um reencontro com o muro logo na quinta volta da corrida. Enquanto a prova estava sob safety car, o piloto da Sauber perdeu o controle do carro e colidiu com o muro da reta principal.
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