Após anúncio de que Gusttavo Lima se lançaria candidato à Presidência da República em 2026, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), que também demonstra pretensão ao pleito, apontou uma relação de parceria com o cantor para a disputa. O sertanejo deve, inclusive, se filiar ao União Brasil, partido do gestor goiano, para dar os próximos passos.
“O cara quer ser candidato e tenho um bom relacionamento com ele. Vamos embora, vamos caminhar esse Brasil. Vamos debater o Brasil, vendo o que é que se pode trazer de resultado quando chegar 2026”, frisou o governador à coluna Giro, do jornal O Popular.
À edição, publicada nesta quarta-feira (8), Caiado cita que o movimento servirá para “fortalecer o partido nacionalmente”. O chefe do Executivo goiano negou suposta existência de acerto prévio entre ele e o cantor e frisa que Gusttavo Lima já estava com planos para pré-candidatura, quando o procurou.
“Vejo que está certo. Ele já havia colocado a mim esse interesse na vida pública. E um quadro com potencial impar e eu disse a ele que, mais do que nunca, diante dessa decisão, eu gostaria que fosse pelo União Brasil”, relata.
Segundo a reportagem da Giro, o governador afirmou existir uma conversa prevista com o cantor nos próximos dias para sacramentar sua filiação ao União Brasil. O governador também confirma que a sigla encomendou uma pesquisa para medir o potencial eleitoral de Gusttavo Lima.
Senado
Ao analisar a movimentação política do sertanejo, o professor João Cezar de Castro Rocha, da UERJ, diz que a articulação de Lima não seria, de fato, uma intenção séria de se lançar à presidência, mas sim um “balão de ensaio” para avaliar a receptividade de sua figura na política nacional.
O professor destacou que, embora o cantor tenha um grande apelo popular, especialmente em Goiás, sua verdadeira motivação pode estar mais relacionada a garantir um foro privilegiado do que a uma real ambição de governar o país.
“Dada a projeção dele, especialmente em Goiás, e o perfil político do Estado, uma candidatura ao Senado apoiada por Ronaldo Caiado seria muito forte”, afirmou Rocha, observando que a movimentação de Lima reflete um projeto maior da direita no Brasil.