O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Bruno Peixoto (UB) enfim consolidou a estratégia e saiu vitorioso ao indicar o nome que vai disputar a Prefeitura de Goiânia como vice de Sandro Mabel na eleição deste ano. A tenente-coronel da Polícia Militar de Goiás Cláudia Vieira (de mudança do MDB para o Avante) foi a escolhida por Peixoto e os partidos que giram em torno dele.
“Nós tínhamos vários nomes, independente do partido, conversamos, ouvimos vários chegando no perfil, e ele foi o da [tenente-] coronel. É uma indicação nossa? Sim, já acordada em abril, mas com anuência e após pesquisa”, explicou Bruno Peixoto em coletiva antes da convenção, na manhã desta segunda-feira (5).
Ao anunciar o nome de Cláudia na coletiva, o próprio Mabel reconheceu que Bruno Peixoto tinha reivindicado a vice junto com partidos do grupo ao redor dele – tais como Agir, Avante, PRD, PMB. “E agora foi apresentado o nome da coronel Cláudia”, confirmou o pré-candidato a prefeito.
Em determinado momento da apresentação da militar, o próprio Bruno passou a assumir a explicação de que a escolha de Cláudia “foi feita de comum acordo com o governador. Não há atrito nem ônus em ponto algum”, enfatizou.
A indicação alijou um deputado estadual evangélico que nos últimos dias tinha sido apontado como convidado pelo governador Ronaldo Caiado para a vice. Conforme a coluna Giro do Popular de sexta-feira (2), o governador tinha convidado o deputado Henrique César (PSC), genro do bispo Oídes José do Carmo, da Igreja Assembleia de Deus, para ser o vice.
No fim de semana decisivo para a escolha, que termina com as convenções nesta segunda, Bruno Peixoto entrou em cena de forma decisiva e veio a indicação de Cláudia Lira.
Com a escolha da militar, que anunciou filiação no Avante, a chapa não terá a presença de um emedebista entre os dois cargos majoritários. O fato quebra uma tradição que era mantida pelo grupo de Iris Rezende, cacique do MDB goiano. A despeito de não estar na chapa, os líderes do partido têm dito, entretanto, que as escolhas têm a concordância da legenda.
A apresentação de Cláudia Lira focou na escolha para atender à proposta de formar uma rede de proteção da mulher. O grupo buscava uma mulher para ser a vice dele, além disso, evangélica. Por fim, sendo ligada à Segurança Pública, ela deve ser um contraponto à candidatura do PT, fundada na experiência de Adriana Accorsi, que foi delegada e Diretora da Polícia Civil.
Sobre a indicada de Bruno não ter experiência política, Mabel amenizou e disse que sendo candidata a vice ela não precisa, “terá a experiência dos partidos do grupo que darão suporte político à gestão”.
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