Brasileiros que aguardam repatriação na Faixa de Gaza poderão retornar ao Brasil ainda nesta segunda-feira (16). É oque afirma o embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas. No total, um grupo de 22 brasileiros e 6 palestinos com residência no Brasil, segue abrigado nas cidades de Rafah e Khan Yunis, no sul de Gaza, aguardando autorização para cruzar a fronteira.
Segundo o embaixador, a saída dos brasileiros depende da abertura da passagem para o Egito e também da autorização das autoridades de imigração. A esperança de retorno surgiu após a embaixada receber a informação de que “circulam rumores” de que a fronteira será aberta nesta segunda. A informação também foi confirmada por outro canal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva juntamente com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vêm negociando a abertura da fronteira desde a semana passada para poder resgatar o grupo. Entre sexta e sábado, o presidente abordou a questão em telefonemas com o presidente de Israel, Isaac Herzog, o presidente do Egito, Abdul Fatah al-Sisi, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
Apoio psicológico
O Escritório de Representação do Brasil na Palestina contratou uma psicóloga para atender as 32 pessoas que ainda permanecem na Faixa de Gaza aguardando a liberação da fronteira. As consultas têm ocorrido de forma virtual, mesmo com a dificuldade de acesso à internet e à energia elétrica no local.
Segundo o Planalto, a profissional por meio de mensagens em árabe compartilhadas em um grupo de WhatsApp, tem trabalhado com conselhos sobre como lidar com a ansiedade e a insônia e exercícios respiratórios. “Agora, um grande número de pessoas sofre de fadiga; é muito difícil para o cérebro estar constantemente neste estado. É por isso que aciona a função de proteção. Uma pessoa se sente exausta, desesperada e mostra sinais de depressão”, escreveu a psicóloga em uma das mensagens.
Conselhos sobre como conversar com as crianças para confortá-las em meio aos perigos da guerra também estão sendo trabalhados pela psicóloga, que é palestina.
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