O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Jardel Sebba (PSDB), retirou da pauta de votações nesta quarta, 13, projeto que na prática terceiriza a implantação e administração de novos Vapt-vupt. Oficialmente, ele atendeu a pedido do líder do governo, Helio de Sousa (DEM). A matéria é de interesse do governo estadual.
Nos bastidores, Jardel argumentou que fazia isso para atender a oposição. O entendimento, no entanto, foi outro: o tucano, retirando a matéria, deu nova demonstração de sua própria força ao governador Marconi Perillo (PSDB). Jardel integra grupo do qual faz parte o presidente eleito da Casa, Helder Valin (PSDB), e o próprio líder do governo.
Além disso, quando solicitado ao pedido de verficação de quórum, tratou de encerrar a sessão rapidamente, sem nem esperar deputados governistas voltarem ao plenário para marcar presença.
A partir da Assembleia, e com o apoio indireto dos oposicionistas PT e PMDB, o grupo tem agido com força para manter o presidente da Agecom, José Luiz Bittencourt, no cargo, contra a vontade de Marconi, que não tem conseguido reagir à pressão. O assunto foi tema de reportagem recente do Diário de Goiás:
Reunião vira ‘chororô’ de deputados. Jardel e Valin mandam e desmandam’ (https://diariodegoias.com.br/editorias/politica/1321-reuniao-vira-chororo-de-deputados-jardel-e-valin-mandam-e-desmandam)
Pressionando e agindo como bem quer, o grupo de Jardel e Valin tem funcionado, na prática, como a única oposição que tem criado problemas para Marconi na Assembleia. Com isso, vai conseguindo segurar o poder tanto no Legislativo quanto no Executivo.
O grupo mantém o governador como refém político. Faz o que quer e quando quer.
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