07 de agosto de 2024
Sem alternativas • atualizado em 06/11/2023 às 17:09

Greve: Servidores administrativos da educação de Goiânia pedem acordo para esta semana

Com as proximidades do fim do ano letivo e recesso da Câmara Municipal de Goiânia, os servidores alegam urgência em acordo.
Sintego e Simsed confirmam nova assembleia para esta terça-feira (7), às 9 horas. (Foto: Sintego).
Sintego e Simsed confirmam nova assembleia para esta terça-feira (7), às 9 horas. (Foto: Sintego).

Após assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (5), os trabalhadores administrativos da Rede Municipal de Educação de Goiânia seguem em desacordo com a Prefeitura. Com mais de um mês em greve, os servidores buscam um reajuste de 6% no pagamento da data-base de 2023, um novo plano de carreira e a equiparação do auxílio locomoção.

Com as proximidades do fim do ano letivo e recesso da Câmara Municipal de Goiânia, os profissionais destacam uma urgência em se chegar a um acordo. A proposta apresentada pela Secretaria Municipal de Educação (SME) garante o reajuste do auxílio locomoção de R$ 300 para R$ 500 por mês, além do pagamento da data-base e da elaboração do plano de cargos da categoria a partir de dezembro. Porém, a oferta é vista como insuficiente pelos grevistas.

Para eles, o prazo dado é muito longo. Os grevistas querem que a data prevista para dezembro seja antecipada ainda para esta semana e com envio de proposta do novo plano de carreira para a Câmara. Nesta última assembleia realizada hoje (5), não foi apresentada nenhuma outra alternativa para a classe.

Ao Diário de Goiás o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Goiás (Sintego) e o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), confirmaram uma nova assembleia para esta terça-feira (7), às 9 horas, no Paço Municipal de Goiânia.

Lei Orçamentária Anual

No que tange o plano de carreira para os administrativos da educação, a prefeitura alega necessidade de avaliar o refis. Os grevistas reconhecem que os 25% do valor do refis destinado à educação são insuficientes para elaborar um novo plano de carreira. Sendo assim, uma das exigências é a inclusão do plano na Lei Orçamentária Anual (LOA).

Em 31 de outubro, em audiência pública realizada na Câmara Municipal, Daniel Mendes, servidor público da educação, questionou se a receita prevista para 2024 leva em consideração o plano de carreira dos administrativos da educação que estão em greve. Na ocasião, Hermes Oliveira da Silva, Diretor de Planejamento e Orçamento afirmou que o que estava previsto com relação a Lei Orçamentária Anual é somente a data base.

Em entrevista ao Diário de Goiás, o vereador Sandes Júnior (PP), relator do projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2024, afirmou que terá um estudo de viabilidade sobre o que dá para ser cumprido. “Existe uma previsão legal orçamentária que precisa ser cumprida, dentro disso iremos buscar a melhor forma de atender os servidores administrativos da educação juntamente com a Prefeitura”, afirmou o vereador.

Serviços prejudicados

Até a apresentação de uma proposta que os administrativos aceitem, os serviços de limpeza, portaria, merendas, auxiliar de secretaria e auxiliar de sala seguem comprometidos. Cerca de 120 unidades escolares e Centros Municipais de Educação Infantil em Goiânia, de um total de 400, enfrentam interrupções nos serviço.

Alguns Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI) são obrigados a fazer rodízio diário de agrupamentos (turmas) que receberão atendimento integral (manhã e tarde) ou parcial (apenas um dos turnos). Em algumas unidades, o lanche está sendo diariamente produtos panificados, deixando de seguir o cardápio elaborado pela nutricionista da SME.

Além disso, serviço de merenda e limpeza sobrecarrega inclusive os professores. Até o momento a SME não se pronunciou sobre assembleia realizada hoje (6), e se irá realizar uma nova proposta aos servidores.


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