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Brasil
| Em 11 meses atrás

Governo investiu R$ 7,6 bilhões em benefícios fiscais em 2021 para companhias aéreas

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As empresas aéreas que negociam fundo de socorro com o governo federal receberam ao menos R$ 7,59 bilhões em benefícios fiscais em 2021. A Latam é uma das companhias aéreas com o maior valor de renúncias fiscais, com R$ 3,8 bilhões, seguida da Gol, que recebeu benefícios de R$ 1,8 bilhão, e da Azul, com R$ 950 milhões.

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, em declaração dada na quarta-feira (24), o fundo avaliado para socorrer o setor das companhias aéreas pode ter até R$ 6 bilhões. Além disso, ele afirma que a pasta irá apresentar ao país um “fundo de financiamento da aviação brasileira” para as empresas buscarem crédito, se capitalizarem e, consequentemente, ampliarem investimentos na aviação.

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“Isso vai desde refinanciamento de dívidas de investimentos em manutenção e também compra de novas aeronaves”, disse o ministro.

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Uma parte das renúncias fiscais de 2021, que somam R$ 215 bilhões, foi liberada na quinta-feira (25) para consulta no Portal da Transparência do Governo Federal. Em nota divulgada pela Folha de São Paulo, a companhia aérea Latam afirmou ser positiva a divulgação, por reforçar a transparência de dados, políticas de estímulo econômico e dá oportunidade de empresas demonstrarem o investimento.

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A Receita Federal também divulgou as informações sobre as renúncias em maio de 2023, mas separadas em planilhas. A Controladoria-Geral da União (CGU) organizou os valores no portal que já apresenta despesas do governo, pagamentos de servidores e valores de emendas parlamentares.

O portal mostra valor de renúncia por tributo e o tipo de incentivo governamental relacionado ao benefício para companhias aéreas. Por exemplo, a Latam teve a principal renúncia na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), de R$ 2 bilhões, e pelo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de R$ 1 bilhão.

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De acordo com Silvio, o fundo de socorro das companhias aéreas está sendo discutido com o Ministério da Fazenda e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Serão “entre R$ 4 bilhões e R$ 6 bilhões” para as companhias aéreas.

Além disso, o governo discute o preço do querosene para as empresas. “Estamos discutindo a modelagem em relação ao QAV [querosene de aviação] e há uma sensibilidade da Petrobras de discutir isso. Estamos vendo a melhor formatação em discussão com as companhias aéreas e a Petrobras. Já houve uma redução no QAV em 2023 por causa do cenário internacional, mas é preciso avançar ainda mais para ter redução de custos operacionais”, afirmou o ministro.

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Maria Paula

Jornalista formada pela PUC-GO em 2022 e MBA em Marketing pela USP.