O ex-presidente Michel Temer será tema de um filme do diretor Bruno Barreto. A obra já está em pré-produção e vai se chamar “963 dias” [tempo em que Temer esteve no poder]. Segundo o cineasta, a obra não irá se concentrar apenas em Temer, portanto ele adianta que não se trata de um documentário.
Ao site F5, Bruno conta que o filme: “É sobre tudo o que veio depois daquela bomba do dia 17 de maio de 2017”. Ele se refere a um escândalo protagonizado por Temer e o empresário Joesley Batista. Na época, em uma conversa gravada, Temer relatou a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que estava na prisão.
As gravações se tornaram públicas no dia 18 de maio, quando a Folha publicou reportagem alegando que o áudio, na verdade, era inconclusivo a respeito da compra do silêncio de Cunha. Porém, no dia anterior à compra do silêncio de Cunha foi considerada uma afirmação, tanto pela Folha, quanto pelo O Globo.
A Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de um inquérito contra Temer. O pedido foi atendido pelo ministro Edson Fachin, mas a defesa do presidente nega a versão do Ministério Público. “O que houve foi que a imprensa caiu de pau em cima dele, na ânsia de teoricamente lutar contra a corrupção”, afirma Barreto.
Teor político
Bruno também adiantou ao F5 que sua produção não defenderá uma posição política específica. “Sei que o filme vai levar porrada, já dizem que sou de direita. Eu vou é botar os pingos nos is. Não estou defendendo tese nenhuma, não faço arte militante. Mas que o Temer foi um ótimo presidente, que os juros e o desemprego caíram muito e que a reforma da previdência ia ser votada logo, logo, isso não se pode negar”.
O filme também poderá se desenrolar para uma série e conta com a consultoria do colunista da Folha Elio Gaspari. O projeto também tem apoio de Elcinho Mouco, marqueteiro de Temer.
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