09 de agosto de 2024
Cidades

Governo custeia evento que não acontece, destaca o AparecidaNet

O custo para o contribuinte goiano é de R$ 455.793,73

A reportagem do AparecidaNet divulgou que o Movimento Goiás Competitivo (MGC), comandado pelo empresário Pedro Bittar e braço regional da instituição de Jorge Gerdau (Movimento Brasil Competitivo/MBC), precisaria ter realizado a 1ª Edição da Feira de Franquias do Estado de Goiás, entre os dias 19 e 20 de abril, no Centro de Convenções de Goiânia.

Afinal de contas, dois Poderes se uniram para aprovar e sancionar recursos que viabilizassem o acontecimento.

Tudo sacramentado pela Lei 17.992, publicada no Diário Oficial do Estado, na edição 21.571 de 18 de abril de 2013. O custo para o contribuinte goiano é de R$ 455.793,73. Um dinheiro oriundo do Fundo de Desenvolvimento de Atividades Industriais (FunProduzir) e que é gerenciado pela Secretaria de Indústria e Comércio (SIC).

Para que os recursos custeiem a iniciativa do MGC, a entidade tem que desembolsar R$ 44 mil, a título de contrapartida. O volume pecuniário custeará cursos de capacitação em franchising (franquia), para cem pessoas, com carga horária de oito horas.

2º Semestre

Apesar de toda ambientação, a feira não aconteceu, sob a justificativa da entidade de que os prazos estavam apertados. No setor de captação de eventos do Centro de Convenções, Ana Paula informa que apenas uma minuta de reserva foi assinada pela versão goiana de Jorge Gerdau, para o segundo semestre deste ano. Provavelmente em agosto. Contrato e uma data certa, por enquanto nada.

A direção do MGC sai em defesa da honra da entidade e garante que o evento acontecerá entre os dias 8 e 9 de agosto de 2013, no Centro de Convenções. Adianta, ainda, que 65 franquias devem apresentar seus produtos e tentar fechar negócios. A expectativa é de que cerca de 30 mil pessoas visitem a feira. Pedro Bittar, entretanto, não consegue indicar o volume pecuniário a ser movimentado durante o evento.

Na SIC, o processo de liberação do recurso continua a tramitar na Superintendência de Comércio e Serviço, de acordo com dados da Assessoria de Comunicação Setorial. A saída para que o MGC não perdesse os recursos foi apresentar um adendo, informando a administração pública de que o evento foi atropelado pela ineficiência gerencial pública. Aliás, a situação estimulou, no passado, a criação do MBC.


Leia mais sobre: Cidades

Comentários

0 Comentários
Mais Votado
Mais Novo Mais Antigo
Opiniões Inline
Ver Todos os Comentários